Thursday, December 20, 2007

Os Melhores Blogs de 2007

na perspectiva do CLARO e do Inteligência Competitiva, claro...


O CLARO, o pioneiro da "competitive intelligence" em Portugal, e o Inteligência Competitiva, associaram-se para nomear, na sua perspectiva, os melhores blogs deste 2007. Foi uma excelente iniciativa pois, se outro interesse não tiver, proporcionou um tempito de boa, agradável e profícua conversa sobre a blogos dos portugueses. Aqui vai então a lista das conclusões a que chegámos, nos campos que definimos, fazendo notar a inclusão de um de New York e de um outro de Paris, ou seja, o Portugal dos Portugueses sempre foi global, a concepção que o Estado tem do País é que, em certas épocas, não alcança nem acompanha a realidade:

Inovação: Janela na Web

Reflexivo: Tempo que Passa

Design: Vida das Coisas

Inteligência Competitiva: Pharma & CI

Viajante: Café Portugal

Diáspora: Pitigrili

Académico Arejado: Macro

De Debate: Nal-Blog

Literário: A Origem das Espécies

Também se considerou a necessidade de assinalar alguns "missing in action" que representam perdas notáveis em 2008. Assim, lamenta-se o desaparecimento da saudável loucura do "Je suis snob", a paralização do "Estado do sítio", a implosão do "Tugir"...

E, "prontes", para o ano, prometemos, há mais. Bom 2009 a todos, que do 2008 já estamos a tratar.

Tuesday, December 18, 2007

Inteligência Competitiva e Assimetria Informacional

A informação é a base fundamental do relacionamento das empresas com o ambiente competitivo. A acção empresarial é precedida de informação, a comunicação com o mercado, com os actores desse mercado, sustenta-se na informação. Ou seja, o espaço de actuação das empresas é um espaço informacional. Tendo por base esta realidade, as três funções da Inteligência Competitiva (Intelligence, Protecção e Influência), traduzidas em trocas de informações entre a empresa e o espaço competitivo (onde se incluem os demais actores), permitem balancear jogo competitivo a favor de quem a estas funções melhor recorre.

Ao contrário da ideia neo-clássica, entendemos que os mercados (os espaços competitivos) são imperfeitos, quer por imperfeições nas informações, quer porque os actores não possuem as mesmas condições de processar, interpretar e utilizar as informações. Ora, a Inteligência Competitiva, pela acção coordenada das suas três funções, tem por objectivo traduzir a relação informacional da empresa (interactiva, na medida em que a empresa tanto recolhe como difunde informações) com o seu espaço competitivo em vantagem competitiva, tendo por resultado uma assimetria informacional positiva, relativamente aos demais actores.

Assim:

- A Intelligence confere a vantagem à empresa, pela antecipação de ameaças e oportunidades e consequente redução das incertezas. Esta função permite tornar positiva a assimetria informacional entre a empresa que a pratica e os seus concorrentes, ao dotá-la uma maior conhecimento do espaço competitivo, da informação disponível, dos seus actores, pela recolha e posterior tratamento da informação para torná-la intelligence, e ao contribuir para uma menor dependência face a informações produzidas por outros, ou seja, para uma maior autonomia informacional.

- A Protecção defende as informações detidas e emitidas pela empresa e permite, deste modo,preservar a assimetria informacional, em proveito da empresa.

- A Influência visa modificar o meio por pressões informacionais, age de modo a conferir um ganho, em termos de assimetria informacional.

Inteligência cooperativa

O espaço competitivo, marcadamente informacional, não pode, nem deve, no entanto, ser entendido como um campo de batalha onde a única solução é eliminar o adversário. Este entendimento pode levar a um menor retorno ao assumir-se que só se ganha às custas dos outros.

É preciso entender que, na lógica dos mercados, existem duas possibilidades de expansão dos negócios: ou por um aumento da quota de mercado ou através do aumento da dimensão do próprio mercado. Barry Nalebuff, um autoridade na teoria dos jogos, alerta precisamente para o perigo de as empresas se distraírem do seu objectivo central, o aumento do lucro. Um dos resultados da teoria do jogo é o “jogo de soma zero”, onde uma parte ganha e a outra perde sem que se altere o total.

A cooperação, refere Nalebuff, pode aumentar o tamanho do prémio em jogo, com a competição a definir quem ganha a maior fatia. Ganhar não passa por bater o adversário se esta superioridade relativa não se traduzir em mais lucros. Envolve procurar um maior retorno absoluto, mesmo que isto signifique mais ganhos para os concorrentes.

Nabeluff defende a intelligence cooperativa, sem que isto pressuponha quaisquer práticas anti-concorrenciais que prejudicam os clientes. Refere-se a relacionamentos entre actores da indústria que beneficiam tanto consumidores, como os fornecedores. O autor defende a necessidade de haver co-opetition (cooperação com competição).
Deste modo, perceber que o tabuleiro do jogo competitivo pode ser ampliado é fundamental para a estratégia empresarial.

As empresas devem ser capazes de equilibrar a competição com a cooperação, mesmo em termos de partilha de informação, para melhor servirem os seus interesses estratégicos, muitas vezes em sintonia com os interesses dos seus concorrentes.
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