tag:blogger.com,1999:blog-40657008971242018972024-03-19T11:55:14.129+00:00Inteligência CompetitivaBlog de Inteligência Competitiva e Guerra EconómicaAndre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.comBlogger124125tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-10368971540191049502013-04-10T17:37:00.001+00:002013-04-10T17:37:19.836+00:00A “confiança dos investidores” nada tem que ver com austeridade, diz Krugman Fonte: <a href="http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=17175" target="_blank">Inteligência Económica</a><br />
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É um argumento repetido pelos defensores da austeridade até à exaustão, porque é o único sinal de melhoria que podem usar para a defender, mas, como bem explica Krugman, não há ligação directa entre a actual diminuição dos spreads da taxas de juro de dívida pública (que reflecte a diferença entre as taxas obtidas pelos países da zona euro em comparação com as da Alemenha) e a aplicação de medidas de austeridade.
<br />
<br />
A Comissão Europeia veio elogiar a determinação do governo português em impôr austeridade sem se importar com o que o Tribunal Constitucional diz, porque a austeridade está a produzir “crescente confiança dos investidores em Portugal”.<br />
<br />
Um argumento que Paul Krugman contesta explicando que por “confiança dos investidores” a Comissão só pode estar a referir-se ao estreitamento dos spreads de taxa de juro, um estreitamento que, diz Krugman, “não tem nada a ver com a austeridade. Como Paul De Grauwe aponta, o facto da taxa de juro conseguida por um país face à taxa da Alemanha [o spread representa esta diferença] ter diminuido é totalmente explicada pela enorme disparidade existente no auge da crise – não há qualquer indicação de que as políticas tenham tido qualquer impacto”.<br />
<br />
Ou seja, passado o pico da crise financeira global, é normal que o spread baixe, uma tendência que não pode ser associada directamente à aplicação de quaisquer políticas. O governo e a sua acção importa bem mais aos portugueses e pouco é relevante no que a esta “confiança dos investidores” diz respeito.<br />
<br />
Ler:<br />
<h3 style="background-color: #dddddd; border: 0px; color: maroon; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 1.7em; letter-spacing: -1px; margin: 15px 0px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=17175" rel="bookmark" style="border: 0px; color: #333333; font-size: 1em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Permanent Link to The ECB, OMT, and Moral Hazard">The ECB, OMT, and Moral Hazard</a></h3>
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-49513443035416588462013-03-28T16:08:00.000+00:002013-03-28T16:08:26.247+00:00Intelligence ao Serviço da Economia: Descoberta Portuguesa da Globalização<b><i>Como <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2013/03/a-intelligence-ao-servico-da-economia.html" target="_blank">prometido</a> aqui fica o primeiro de vários posts de perspectiva histórica sobre a utilização da intelligence ao serviço da economia. E começo, claro, por destacar um notável feito português.</i></b><br />
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No período das Descobertas, as informações comerciais e tecnológicas, assumem um papel fundamental no jogo de poder entre nações. Desde o século XIII, Florença assume um papel central como centro de estudos geográficos e graças aos mercadores italianos, em grande número na Península Ibérica, as informações não cessam de circular nos dois sentidos:<br />
<br />
“Os Florentino estão entre os primeiros informados sobre a progressão obstinada dos Portugueses ao longo das costas africanas e a sua curiosidade marca tanto um interesse científico como uma real apreensão ligada à descoberta de novas vias que correm o risco de enfraquecer o seu próprio comércio” (Claude Mathon)<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Msb55z48ET7672HEaFkmkq19evKyl7KjdPN-wa6dgNptu2vERC8zGnHqFdPJ4dHsT8lWUCkkAmgww-0Sj2-Si6-CrlmxU2ZDLgfp3uKfZ_mijzzx3i1IfeE-s6_D9P0q7o7a-aDlLl7z/s1600/Portugal+O+Pioneiro+da+Globaliza%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Msb55z48ET7672HEaFkmkq19evKyl7KjdPN-wa6dgNptu2vERC8zGnHqFdPJ4dHsT8lWUCkkAmgww-0Sj2-Si6-CrlmxU2ZDLgfp3uKfZ_mijzzx3i1IfeE-s6_D9P0q7o7a-aDlLl7z/s320/Portugal+O+Pioneiro+da+Globaliza%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="222" /></a></div>
A intelligence está bem presente na construção da hegemonia portuguesa do sistema mundial, como bem explicam Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas na obra “<b><a href="http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/globalizacao/livro.html" target="_blank">Portugal – O Pioneiro da</a></b><br />
<b><a href="http://www.centroatl.pt/titulos/desafios/globalizacao/livro.html" target="_blank">Globalização</a></b>”.<br />
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No período em que Portugal se consolidou como potência hegemónica assistiu-se a um verdadeiro “processo evolutivo de aprendizagem sistémica”, com a construção de um sistema de alcance global (criação de uma rede global e de instrumentos de projecção global) e com a emergência de algum comprometimento científico.<br />
<br />
Os autores referem ainda que “apesar das fortes raízes empíricas da Expansão Portuguesa, do seu incrementalismo pragmático e do seu forte improviso, os líderes de Quatrocentos e Quinhentos concretizaram uma estratégia de gestão do conhecimento”. Esta estratégia “permitiu a afirmação de um espólio único de capital intelectual do país na cena mundial: um primeiro think tank virado para a Expansão sistemática, uma vaga de publicações científicas originais, uma revolução na cartografia e na ciência da construção naval”.<br />
<br />
No quadro favorável do recuo da China na expansão oceânica, da incapacidade das Repúblicas Italianas irem além do Mediterrâneo e da fraca potência naval daqueles que dominavam as rotas de mercadorias vindas de África, do Médio e Próximo Oriente e do Índico, Portugal, em particular os irmãos infantes D. Henrique e D. Pedro e o rei João II, soube encetar uma estratégia de expansão alavancada, entre outros componentes, no uso da espionagem e da intelligence, bem como de práticas de influência (soft power), nomeadamente, junto do Papa, aliadas a uma forte presença e acção militar.<br />
<br />
Nascimento Rodrigues e Devezas referem a “manha geoestratégica” de João II, como um dos dez ingredientes da diferença portuguesa”. João II é “o Príncipe do Renascimento mais exímio na arte do sigilo e da desinformação [nomeadamente, sobre novos caminhos marítimos e terras descobertas], da espionagem geoestratégica e da busca de intelligence”.<br />
<br />
Podemos afirmar que João II e também Manuel I faziam uma real gestão da informação assimétrica.<br />
<br />
A procura do inexistente “Preste João”, poderoso líder católico, alegadamente sedeado em África, que ajudaria os portugueses a derrubar os muçulmanos e ganhar em definitivo o apoio incondicional de Roma, levou ao encontro do caminho marítimo para a Índia e da hegemonia global.<br />
<br />
Infante D. Henrique, o Navegador, (1394-1460) reunia em Sagres, perto do cabo de São Vicente, um grupo de cientistas, um verdadeiro think tank (é no entanto questionada por alguns historiadores a existência física da “Escola de Sagres”). Nesta reunião de marinheiros, viajantes e eruditos, judeus, árabes e etíopes são preparadas, de uma forma metódica, as viagens portuguesas para os arquipélagos e ao largo de África.<br />
<br />
O mapa assume nesta altura funções múltiplas e relevantes. Serve para registar as descobertas e é um verdadeiro instrumento político, diplomático e militar.<br />
<br />
Aquela que é considerada pelo historiador Alfredo Pinheiro Marques como “a mais importante carta da cartografia portuguesa e mundial” e “o primeiro planisfério moderno da história da cartografia”, o<br />
Mapa de Cantino, executado em Lisboa, em 1502, pelo italiano Alberto Cantino, é um caso<br />
da história da espionagem mundial.... de que falarei no próximo post.Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-1148341814778092042013-03-25T17:45:00.002+00:002013-03-28T15:44:29.550+00:00 A Intelligence ao serviço da Economia<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglJIRRS07K4wChFo5CSsEbSmkQSQ7sRyrd7z3muAycfnKLDcr_rFzJT5BaFEFpJ4KQazT8h5zzR4hvjgY2zSvpUUViuiQYtDOkaEE8QXGbRcrlfdvwyaZaS1AXAAT9px98xR-NWR-eMIZe/s1600/A-ESCOLA-DE-SAGRES.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglJIRRS07K4wChFo5CSsEbSmkQSQ7sRyrd7z3muAycfnKLDcr_rFzJT5BaFEFpJ4KQazT8h5zzR4hvjgY2zSvpUUViuiQYtDOkaEE8QXGbRcrlfdvwyaZaS1AXAAT9px98xR-NWR-eMIZe/s400/A-ESCOLA-DE-SAGRES.jpg" width="400" /></a></div>
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<i><b>“Os estaleiros de construção naval desenvolvem a caravela, enquanto cosmógrafos e pilotos lançam as bases da navegação astronómica. Ele (o Infante D. Henrique) conserva os estudos, os textos gregos e árabes, os testemunhos. Um arsenal, um observatório e uma escola cartográfica e náutica são criados. Os capitães devem depositar os seus jornais pessoais e os seus mapas no regresso das suas viagens e tomar as suas instruções antes de novas expedições. Portugal, pioneiro da exploração moderna conduz uma diligência de inteligência económica global construindo ao longo de todo o século XV, um império marítimo mercantil que se estende do oeste da África ao Oceano Índico”.</b></i><br />
<br />
<i>in Mathon et al, "RAPPORT DU G.D.S. N°1 Entreprises et intelligence économique : quelle place pour la puissance publique ?", 2003</i><br />
<br />
<br />
A Inteligência Competitiva é geralmente considerada uma disciplina recente, no entanto, a História demonstra que a utilização dos princípios e instrumentos da intelligence ao serviço da economia é, na verdade, bastante antiga.<br />
<br />
“A informação mercantil ou comercial constitui ao longo dos tempos um desafio estratégico as nações, com a recolha deste tipo de informação a confundir-se com a actividade diplomática”, dizem Harbulot e Baumard.<br />
<br />
Ao reportarmos à História podemos compreender que a intelligence sempre esteve<br />
intimamente associada às questões económicas. Como refere o Groupe de Diagnostic de Sécurité (GDS) Nº 1 do Institut des Hautes de la Sécurité Intérieure (IHESI) francês, “os adversários que nos enfrentavam nos campos de batalha eram já e em primeiro lugar adversários económicos que cobiçavam um território, bens agrícolas, industriais, populações a dominar, com o valor comercial das conquistas a ser considerado<br />
antes da invasão ou do combate”.<br />
<br />
Para o conjunto de prestigiados autores reunidos no GDS, “cada país, em função da sua história, do seu passado cultural, da sua religião, da sua situação geográfica, do seu modo de governo, conduziu uma diligência que pode-se qualificar de inteligência económica”.<br />
<br />
É à luz desta ideia que farei ao longo dos próximos dias uma perspectiva histórica sobre a utilização da intelligence ao serviço da economia.<br />
<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-5936970348399849442013-01-07T20:39:00.005+00:002013-01-07T20:39:55.667+00:00Na CNNMoney: "How the biz world took a page from the CIA"<b>Partilho, este interessante artigo da <a href="http://management.fortune.cnn.com/2012/12/20/corporate-intelligence-gathering-cia/" target="_blank">CNNMoney</a> sobre o desenvolvimento da IC nos EUA e o crescente recurso à mesma pelas empresas que querem estar um passo à frente da concorrência... </b><br />
<h1 style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, helvetica, sans-serif; font-size: 32px; line-height: 1.125em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 10px; vertical-align: baseline;">
<br /></h1>
<h1 style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial, helvetica, sans-serif; font-size: 32px; line-height: 1.125em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 10px; vertical-align: baseline;">
How the biz world took a page from the CIA</h1>
<span class="cnnDateStamp" style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">December 20, 2012: 11:13 AM ET</span><br />
<ul class="socialMediaToolbar" style="background-color: white; border-bottom-color: rgb(221, 221, 221); border-bottom-style: solid; border-top-color: rgb(221, 221, 221); border-top-style: solid; border-width: 1px 0px; color: #333333; font-family: Arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12px; height: 20px; list-style: none; margin: 15px 0px 0px; outline: 0px; padding: 10px 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: transparent; font-size: 14px; line-height: 19px;">Companies use a variety of methods to stay one step ahead of their rivals. Competitive intelligence is one of the fastest growing ways to pull this off.</span></ul>
<div id="storytext" style="background-color: white; border-top-color: rgb(221, 221, 221); border-top-style: solid; border-width: 1px 0px 0px; color: #333333; font-family: Arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin: 15px 0px 0px; outline: 0px; padding: 15px 0px 0px; vertical-align: baseline;">
<h2 style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 10px; vertical-align: baseline;">
<img alt="Basil Rathbone" class="alignright size-full wp-image-15697" height="320" src="http://fortuneaskannie.files.wordpress.com/2012/12/121220035721-sherlock-holmes-gallery-vertical.jpg?w=240&h=320" style="background-color: transparent; border: 0px; display: inline; float: right; margin: 0px 0px 2px 7px; outline: 0px; padding: 4px; vertical-align: baseline;" width="240" /></h2>
<div class="manual_auth" style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
By Omar Akhtar, reporter</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
FORTUNE -- Corporate espionage may be illegal, but companies can still keep tabs on the competition. Some large corporations around the globe spend more than $2 million a year hiring outside firms or staffing internal departments to track and analyze the actions and strategies of their competitors. These companies pull this off with the help of public resources and investigative research, a practice collectively known as competitive intelligence (CI).</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
"Competitive intelligence is gathering information, which is analyzed to the point where you can make a decision," says Leonard Fuld, president of competitive intelligence and research firm Fuld & Company. This includes gathering information about competitor's products, pricing, business culture, and investments, as well as external factors like market conditions and government regulations.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
More than anything, CI aims to eliminate surprises. "Companies seem to have been caught off guard more by new and disruptive technologies in the last five years," says Jan Herring, former director of intelligence at Motorola. "As a result, senior management has become more appreciative of gathering intelligence and we're seeing expanded areas of application."</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">MORE: <a href="http://finance.fortune.cnn.com/2012/12/20/china-li-kequiang/?iid=SF_F_River" rel="external" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #004276; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;">The next Premier of China speaks to U.S. business leaders</a></strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Herring, a former CIA officer, was asked to bring his government intelligence experience to Motorola in the mid-80s. "I believed that, much like governments, multi-national companies were going to need their own intelligence departments to be able to make the right decisions," says Herring.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
In many ways, competitive intelligence is as old as business itself. In the late 1800s, the Rothschild family sent its bankers to France to observe banking techniques and adopt the best strategies. However, Herring says the modern incarnation of competitive intelligence took root in the 1980s, pointing to the publication of Harvard Business School professor Michael Porter's <i style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Competitive Strategy: Techniques for Analyzing Industries and Competitors</i>. "It was the seminal document that caused everybody to focus on intelligence gathering as a profession," says Herring.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<b style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Recession-proof business service?</b></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
While businesses have been slashing budgets in the wake of the recession, expenditure on intelligence has actually edged up. A survey of 400 global companies by Fuld & Company reports that in the last five years the number of companies that spend more than $1 million on CI has increased from 5% to 10% of all companies with CI programs.<span id="more-15695" style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></span></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
The pharmaceutical industry accounts for 27% of companies that spend more than $2 million on competitive intelligence, far more than any other sector. "Pharmaceutical companies are probably the best at doing what we do now," says Herring. "Plus there is a lot of public information out there they can utilize." Predictably, the financial services world has seen the largest decrease in spending while technology is the fastest growing sector for CI programs in the last five years.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Pharmaceutical companies (and the outside firms they hire) perform competitive intelligence in a variety of ways. CI practitioners like Fuld attend scientific conferences, often hosted by drug companies looking to generate buzz for their latest product. They keep their eyes and ears open for gossip, insider information, and questions asked by attendees that might lead to a better understanding of what's actually going on in a given industry.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
"A lot of times, companies will hire us when one of their drugs is about to be approved for the market and they want to know how the competition will respond," says Fuld. Other points of interest include results from clinical trials, articles in medical journals, and "messaging," the words and rationale companies use to market a drug. Fuld will keep a close watch for news about mergers and acquisitions, government regulations, and anything else that could affect his clients' prospects.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Another strategy is to monitor online voices, especially on blogs and social media. Fuld says Twitter is a great place to glean information about customers' thoughts on a product and how the competition responds to them. "Patients will talk about their experiences, their illnesses, and their needs," says Fuld. "They'll be the ones who bring the drug to market." Companies also use social media channels to send out alerts for their activities, such as notices for participation in clinical trials.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">MORE: <a href="http://features.blogs.fortune.cnn.com/2012/12/20/marijuana-legal-market/?iid=SF_F_River" rel="external" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #004276; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;">Marijuana's new market</a></strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
However, the CI industry is still figuring out how to use data from social media. Michel Bernaiche, CI practitioner and interim CEO of the Society of Competitive Intelligence Practitioners, says the amount of information available on social media networks can be overwhelming and thus hard to process. "The amount of information can be cumbersome, and the data analysis is not easily repeatable," says Bernaiche. "It's going to be a huge game-changer if we can figure out how to harness it, but I think we're still a couple of years away from that."</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<b style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">'We're not really spies, promise!'</b></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Both Bernaiche and Fuld assert emphatically that gathering intelligence on the competition is not spying, nor is it unethical or illegal. Fuld says he does not uncover trade secrets, gather dirt, or mislead anyone about his identity when talking to people, so any information gleaned is fair game. He says he also makes sure to avoid the kinds of conflicts of interest that could arise from working for a client's competitor.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
A few years ago, corporate investigation and security firm Kroll Inc. came under fire for its work for Texas financier Allen Stanford. Stanford, best known as the mastermind of one of the largest and longest-running Ponzi schemes in U.S. history, hired Kroll to unearth embarrassing information on a senior State department official who was investigating him. Kroll obliged by reporting that the official's wife was a lesbian who had left him for another woman, information that was patently untrue.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Bernaiche admits CI can involve gathering information and doing due diligence on some executives' backgrounds, but not to uncover dirt. "We do it to find out what motivates their decision making and to possibly anticipate their actions," says Bernaiche. "We look into their college background, who they hung out with, what they studied, and their previous decisions, you can often see a pattern."</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Fuld says he has received requests to dig up dirt but not in the way one would think. "I had one company who couldn't believe their competitor could be such a low-cost operator," says Fuld. "They seriously asked, 'We think that company is a money laundering front for the mafia, can you please check it out?'" Fuld says that while the mafia didn't own it, he did find out why the company was able to keep costs low.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">MORE: <a href="http://management.fortune.cnn.com/2012/12/19/newtown-business-leadership/?iid=SF_F_River" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #004276; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;">After Newtown: The business world's way forward</a></strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
For Bernaiche, sometimes gathering "intelligence" comes down to making good old-fashioned phone calls. "Marketing departments are great places to get information from," says Bernaiche. "And I've found that sales people love to talk, they love to correct you."</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px 0px 20px; vertical-align: baseline;">
Bernaiche says he will sometimes make an intentionally false statement so that a competitor's salesperson will correct him and give out information in the process. "Sometimes they'll slip up and reveal information, but just because they give you information you're not supposed to have, doesn't mean you can't use it."</div>
</div>
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-36390963854041355822012-12-20T13:57:00.003+00:002012-12-20T13:57:51.479+00:00A Inteligência Competitiva do Pai Natal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiemC46zWRt_IbP-SazjHDGfaQGJ_JMOfSuCG7uJgNoCtgExW3w5QkCUvDN6KbF8YknY9pvl0Uo1GnmwvbQPV1euYJJ8_dNTPC0tMf0YTPuW0-CybrgaCNvIho3gt7AbPUtMC0LQ19ecJdM/s1600/santacar18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiemC46zWRt_IbP-SazjHDGfaQGJ_JMOfSuCG7uJgNoCtgExW3w5QkCUvDN6KbF8YknY9pvl0Uo1GnmwvbQPV1euYJJ8_dNTPC0tMf0YTPuW0-CybrgaCNvIho3gt7AbPUtMC0LQ19ecJdM/s320/santacar18.jpg" width="320" /></a></div>
<b><br /></b>
<b>O Pai Natal usa Inteligência Competitiva, ou seja, analisa as informações públicas (com uma fantástica capacidade de análise de informações abertas globais) e publicadas (cartas ao Pai Natal, por exemplo), para perceber quem se portou bem e mal este ano. </b><br />
<b><br /></b>
<b>A todos um Feliz Natal com muita Inteligência Competitiva!</b><br />
<br />
<img height="217" id="il_fi" src="http://1.bp.blogspot.com/-BJP1iOqJy70/TpKze7e386I/AAAAAAAADUI/aYp3cQFd3LI/s400/esc220.1049.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="400" />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-24869547850809634582012-12-19T17:46:00.001+00:002012-12-19T17:46:31.146+00:00A diferença entre Inteligência Competitiva e Espionagem<br />
<a href="http://imgs.cmjornal.xl.pt/imgs/share/2012-12/2012-12-19034320_ca967162-b341-4feb-88dd-fecb0766bf67$$738D42D9-134C-4FBE-A85A-DA00E83FDC20$$637C6062-B795-42D5-9F93-B55BC0914BFD$$imagem_capa$$pt$$1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" height="320" src="http://imgs.cmjornal.xl.pt/imgs/share/2012-12/2012-12-19034320_ca967162-b341-4feb-88dd-fecb0766bf67$$738D42D9-134C-4FBE-A85A-DA00E83FDC20$$637C6062-B795-42D5-9F93-B55BC0914BFD$$imagem_capa$$pt$$1.jpg" style="border: 1px solid rgb(0, 0, 0);" width="242" /></a>O caso "Pereira Cristóvão", que faz hoje manchete no Correio da Manhã, está a gerar uma associação indevida de "business intelligence", uma componente da Inteligência Competitiva, com actos que nada têm que ver com esta prática, a comprovar-se o que diz a acusação.<br />
<br />
Um caso que põe em causa, para quem não saiba e por falta de melhor informação não possa separar as águas, o trabalho sério de quem se dedica à prática da Inteligencia Competitiva ou da verdadeira Business Intellligence e que vê assim essa prática indevidamente associada a práticas que nada tem que ver com o que se faz nestas áreas, que recusam liminarmente tudo o que ultrapasse a barreira da ética e da legalidade.<br />
<br />
Mas é precisamente a quem se dedica à Inteligência Competitiva que se exige ser capaz de melhor explicar o que a IC é, faz e a que se destina, de modo a contrariar a má imagem criada por quem quer que possa decidir fundar empresas ditas de "business intelligence" para, a coberto delas, se dedicar a práticas que, a provar-se terem existido, no entender da acusação configuram ilícitos,<br />
<br />
Simplificando, desde já a mensagem: Business Intelligence e Inteligência Competitiva nada têm que ver com espionagem.<br />
<br />
<br />
<b>Iniciativa ética e legal </b><br />
<br />
Deixo aqui, por isso, o meu contributo para separar o que são práticas de IC e o que são práticas de espionagem económica, tidas muitas vezes erradamente pela opinião pública como "sinónimos", o que não só é profundamente errado, como leva a desconfianças sobre o que faz, de facto, a IC. E compete à comunidade de IC ser mais clara sobre o que de facto faz.<br />
<br />
Em 1985, William Sammon já fazia questão de afirmar que o objectivo da competitor intelligence (uma componente da IC, mas uma expressão usada por alguns autores como sinónimo da IC) “não é roubar os segredos do negócio de um competidor ou outra propriedade privada, mas antes recolher de um modo sistemático, aberto (i.e. legal), um vasto conjunto de informação...”.<br />
<br />
A Inteligência Competitiva só existe num quadro ético e legal. Sendo verdade que o enquadramento legal varia de país para país, e no caso da ética, mesmo de organização para organização, de pessoa para pessoa isto deixa margem para se chegarem a zonas cinzentas, exigindo-se uma clarificação.<br />
<br />
Por isso, apesar de não ser evidentemente de carácter obrigatório, existe um conjunto de princípios éticos aceite pelos profissionais da Inteligência Competitiva, e estabelecido, nomeadamente, pela principal associação, a Society of Competitive Intelligence Professionals (SCIP).<br />
<br />
Desde sempre os teóricos da IC procuraram distinguir o que é do domínio da Inteligência Competitiva e o que se insere nas práticas ilegais de espionagem económica. Em traços gerais, pode-se dizer que a IC não corresponde às iniciativas ocultas ou à espionagem e que apenas pode agir por processos legais de recolha e tratamento de intelligences acessíveis a todos. Mas isto não chega para que se evitem incursões menos claras.<br />
<br />
Isto leva, por exemplo, a que haja mesmo um entendimento que não deve ser utilizada informação que sabemos à partida que os outros têm protegida, mesmo que essa informação chegue de um modo fortuito. Poderá, no entanto, haver a interpretação de que se essa informação se tornou disponível, sem que haja conhecimento que a mesma foi obtida de um modo ilícito ou eticamente reprovável, foi porque o concorrente não a protegeu suficientemente e, nesse caso, nada impede a sua utilização. E aqui entramos num caso particular onde dificilmente haverá um consenso.<br />
<br />
Nesta discussão há que ter presente o facto de mesmo recorrendo a fontes públicas e/ou publicadas a IC procura identificar as zonas cinzentas e negras da informação, por dedução, a partir das informações abertas. Esse é o seu objectivo e valor estratégico, mas sempre com o carácter de incerteza, pois, certeza absoluta só se conseguiria por vias ilícitas, o que está fora da actuação da Inteligência Competitiva.<br />
<br />
A IC, agindo sobre fontes abertas e no estrito campo da legalidade e ética na recolha de informações procura, de facto, deduzir e decifrar aquilo que não é público nem está publicado (por exemplo, tendências ou objectivos de um competidor não revelados), mas que só o pode fazer através de sinais externos públicos e publicados sem que essa dedução, a que a IC procura dar o máximo de fiabilidade possível, configure qualquer ilícito legal ou possa sequer ser questionável do ponto de vista ético.<br />
<br />
O facto de se trabalharem fontes abertas não invalida que a análise das mesmas permita aferir por exemplo informação que um concorrente queria confidencial, mas sobre a qual deixou todos os vestígios para quem os procure e saiba ler nas fontes públicas e/ou publicadas.<br />
<br />
Ou seja, mesmo que o profissicional da IC procure deduzir o que não é revelado, só o faz com base na informação pública e publicada, obedecendo à ética e legalidade, sem recurso a espionagem ou quaisquer outros ilícitos.Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-72565054687952526132012-11-21T16:07:00.001+00:002012-11-21T16:07:47.318+00:00Do "boom" chinês ao "boomerang" do re-shoring <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFjVkwJRbjN-tjFzY1jbOsL8XnSyvVW98mdiRk4rBqrvkefdXmxy9mwK14nd8y_LJS5D45PH79ANJ74ZRJetJtrTFkTrwsgZiq2HCPoOmHJ_DkR72xVlbdLhU7ujFX-GFZDwuXmzq_mOZB/s1600/Reshoring-Boomerang.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFjVkwJRbjN-tjFzY1jbOsL8XnSyvVW98mdiRk4rBqrvkefdXmxy9mwK14nd8y_LJS5D45PH79ANJ74ZRJetJtrTFkTrwsgZiq2HCPoOmHJ_DkR72xVlbdLhU7ujFX-GFZDwuXmzq_mOZB/s400/Reshoring-Boomerang.jpg" width="400" /></a></div>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b>O site <a href="http://inteligenciaeconomica.com.pt/" target="_blank">Inteligência Económica</a> dedica hoje um artigo ao fenómeno do "re-shoring", com <i>"muita da produção de bens deslocalizada para a China a voltar aos Estados Unidos e a indústria americana a retomar o seu desenvolvimento"</i> (Ler: <a href="http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=15509" target="_blank">Como os EUA se reindustrializam</a>).</b><br />
<br />
<i>"É nossa análise aqui no IE que o fenómeno está apenas no seu início. E vai, nos próximos anos, ganhar uma dimensão e uma força que ainda há pouco tempo nenhum ‘sinólogo’ admitiria. Outros factores, além dos dois apontados acima [a China tornou-se cara (e custos e tempos de transporte, em tempo de crise, agravam isso) e a acentuada baixa dos custos de energia nos EUA] vão afirmar-se nos próximos tempos e garantir à economia americana um novo tempo de avanço. Se a ainda há pouco impensável baixa dos custos de energia nos EUA é fruto da introdução de tecnologias inéditas e inovadoras na indústria do petróleo, outras inovações tecnológicas emergentes e disruptivas estão à beira de mudar radicalmente o jogo económico e o seu modelo…"</i><br />
<br />
A<b>lguns questionavam se este "re-shoring", ou mesmo o "near-shoring" (deslocalização de produções norte-americanas na Ásia para países mais próximos dos EUA, como o México, por exemplo), será mesmo uma tendência ou um mero buzz sem correspondência com a realidade (<a href="http://www.forbes.com/sites/mitchfree/2012/06/27/is-the-re-shoring-of-manufacturing-a-trend-or-a-trickle/" target="_blank">Is the Re-shoring of Manufacturing a Trend or a Trickle?</a>), mas os sinais são claros, e há cada vez mais as empresas dos EUA a confirmar a tendência, e os motivos variados, revelam a consistência e vantagens competitivas desta mudança. </b><br />
<b><br /></b>
<br />
<b>Entre as <a href="http://online.wsj.com/article/SB10001424052702303612804577533232044873766.html" target="_blank">principais razões citadas para re-shoring</a> pelas empresas estão:</b><br />
<b><br /></b>
<b>- O desejo de colocar os produtos no mercado mais rapidamente e responder rapidamente a pedidos de clientes</b><br />
<b><br /></b>
<b>- Poupança com custos de transporte e armazenagem</b><br />
<b><br /></b>
<b>- Melhoria da qualidade</b><br />
<b><br /></b>
<b>- Protecção da propriedade intelectual.</b><br />
<b><br /></b>
<b>- Pressão para aumentar empregos nos EUA</b><br />
<b><br /></b>
<b>As empresas preferem hoje produzir em menores quantidades, para ganharem em flexibilidade e melhor responderem a um mercado mais focado na qualidade (disposto apagar um extra pela personalização de produtos e serviços) e em que o ciclo de vida de um produto é menor.</b><br />
<b><br /></b>
<b>A digitalização de fabricação amadureceu (com o Computer Aided Design, por exemplo) e permite produzir mais perto dos seus clientes, economizar em logística e tirar vantagem das economias locais, com produtos ajustados às preferências do mercado local.</b><br />
<b><br /></b>
<b>E outro factor que contribui para esta tendência é o enfraquecimento do dólar, que torna os produtos "made in USA" mais competitivos no mercado global.</b><br />
<b><br /></b>
<h3>
<b>China diz que é moda passageira</b></h3>
<b><br /></b>
<b>Como seria de esperar, para a China importa contextualizar a tendência como uma moda passageira e sem grandes consequências. Diz o China Daily: "<a href="http://www.chinadaily.com.cn/business/2012-09/07/content_15740999.htm" target="_blank">Reshoring to have limited effect</a>", citando um economista que acha que esta é um fenómeno efémero, e com declarações de responsáveis do Ministério da Economia a insistir que o país continua a ser um mercado atractivo para investidores externos... </b><br />
<b><br /></b>
<b>Cada um faz o que lhe compete. Mas tudo aponta, a manter-se a tendência e sem que a China ofereça outra resposta que não a propaganda, para que o "boom" chinês se venha a tornar um "boomerang", com um regresso a casa de quem lá estava a investir.</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<br />
<br />
<h1 class="titlebox" style="-webkit-text-size-adjust: none; background-color: white; clear: both; color: #004678; font-family: 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 30px; font-weight: normal; margin: 10px 0px; padding: 0px; width: 600px;">
<br /></h1>
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-44214763299156758062012-11-20T17:07:00.001+00:002012-11-20T17:24:14.590+00:00A Falta de Crédito<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ9IdaSv8jfUDquWrM_QOwDBEPS8gMWDH6wG0AQLepj0NmyEEScCNb05gPN52pGvLL_SwZrOYU45sLFd-aKMIbU5F-qTvzn1DRfa9BDSLwK2vry5V_ARjYboK98X3iyOlSIa35Hr8jL1bd/s1600/confian%C3%A7a.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ9IdaSv8jfUDquWrM_QOwDBEPS8gMWDH6wG0AQLepj0NmyEEScCNb05gPN52pGvLL_SwZrOYU45sLFd-aKMIbU5F-qTvzn1DRfa9BDSLwK2vry5V_ARjYboK98X3iyOlSIa35Hr8jL1bd/s400/confian%C3%A7a.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: start;"><span style="font-size: small;">É insustentável manter a "balança comercial da confiança" altamente deficitária. Importá-la mais do que o que se exporta não é solução.</span></td></tr>
</tbody></table>
<b><br /></b>
<b>Este governo esgota aquilo que não pode, em momento algum, faltar: Crédito.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Um crédito que ninguém pode ser acusado de ter em excesso e
que tem por base uma vontade imensa de viver sempre acima do que nos dizem ser possível,
mesmo face a limites impostos ou impostos limite. Crédito no futuro, uma
confiança inabalável de que o que fazemos hoje conta amanhã como algo mais, ou seja, traz valor acrescentado. Um pilar fundamental para que nos mantenhamos competitivos nos diferentes papeis que desempenhamos na sociedade.</b><br />
<div class="MsoNormal">
<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Ás nossas “elites” políticas, como outras que em dado momento o
país teve em desventura, muito tem faltado aquilo que o Padre António Vieira dizia ser necessário ter: "a inteligência das coisas". E com essa falta contribuíram decisivamente para colocar na cotação "lixo" crédito acumulado ao longo de séculos.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Muito destacam o que devemos a muitos, mas pouco referem o
crédito que é devido por todos quantos neste País fizeram e têm feito por merecê-lo.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Preocupados com a confiança dos credores externos, menosprezam a imperativa
necessidade de manterem o crédito dos portugueses, não no governo (sempre volátil e pouco relevante), mas no País. Se se preocupassem menos em ser governo do que em governar perceberiam que essa coisa da confiança no executivo é sempre efémera e que, mesmo sem o mesmo crédito que lhe foi depositado nas eleições, um governo pode manter intacta a confiança de cada um no País e na capacidade de, com qualquer governo, prosperar. </b><br />
<br />
<b>Hoje, não é preciso ler quaisquer sinais fracos para deles tirar ilações, pois são por demais evidentes. O plafond está esgotado... “Crédito Indisponível”. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-64787172164325178772012-11-13T19:48:00.001+00:002012-11-13T20:05:31.537+00:00Elementar, meu caro Watson<img height="382" id="il_fi" src="http://img17.imageshack.us/img17/2108/strandpaget.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="400" /><br />
<br />
Na Inteligência Competitiva, como noutras áreas, nota-se em muito do que é escrito e dito uma tendência para valorizar excessivamente a complexidade dos modelos, soluções, ferramentas e técnicas usadas. E disto resulta, por contágio, também não raras vezes, um discurso complexo sobre o que a IC é e oferece aos decisores. Mais grave, esta tendência pode resultar, quando transposta para a prática de IC, na valorização da mesma complexidade nas várias fases do ciclo de intelligence, desde a expressão de necessidades, à recolha, tratamento e difusão das informações úteis à tomada de decisão.<br />
<br />
Se é verdade que a IC é complexa, é preciso no entanto não esquecer que tem como propósito simplificar o processo de tomada de decisão e que os simples bom senso e senso comum devem ser os primeiros conselheiros de quem tem por trabalho focalizar a atenção das empresas nas informações que verdadeiramente importam obter, proteger e com base nas quais é necessário agir.<br />
<br />
A anedota, que aqui partilho, com Sherlock Holmes e Watson, é um bom exemplo de que complicar leva, não raras vezes, a que se perca de vista o elementar...<br />
<br />
<i>Sherlock Holmes e Dr. Watson foram acampar. Depois de uma boa refeição e de beberem uma garrafa de vinho, foram dormir na tenda. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Várias horas depois, Holmes acorda e abana o fiel companheiro Watson. "Olhe para o céu e diga-me o que vê?"</i><br />
<i><br /></i>
<i>Watson responde: "Vejo milhões e milhões de estrelas"</i><br />
<i><br /></i>
<i>"E o que é que isso lhe diz?" </i><br />
<i><br /></i>
<i>Watson pondera por um minuto e responde: "Do ponto de vista Astronómico, significa que há potencialmente milhares de milhões de planetas. Do ponto de vista Astrológico, verifico que Saturno está em Leão. Do ponto de vista Cronológico, deduzo que são aproximadamente 03h15m, valor que me é dado pela altura a que se encontra a Estrela Polar. Do ponto de vista da Teologia, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e insignificantes. Pela óptica da Meteorologia, suspeito que teremos um lindo dia amanhã" </i><br />
<i><br /></i>
<i>Holmes fica um minuto em silêncio e responde:
- Watson, seu idiota! Alguém nos roubou a tenda!
</i><br />
<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-30621156889593870062012-11-12T19:42:00.000+00:002012-11-12T20:47:18.677+00:00Basta sermos honestos...<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/06/Julius_Caesar_Coustou_Louvre_MR1798.jpg/200px-Julius_Caesar_Coustou_Louvre_MR1798.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /><br /><img border="0" height="364" id="il_fi" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/06/Julius_Caesar_Coustou_Louvre_MR1798.jpg/200px-Julius_Caesar_Coustou_Louvre_MR1798.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="200" /></a>Á mulher de César não bastava ser honesta, devia parecer honesta... mas tinha de ser honesta, era uma condição necessária... Em Portugal, na análise ao estado do sítio, a mesma honestidade devia ser exigida a quem procura aparentar ser honesto, mas não o é.
Repetida à exaustão, a frase "vivemos acima das nossas possibilidades" é de uma tremenda desonestidade quando usada, como o é, de um modo generalizado.<br />
<br />
Quem viveu acima das suas possibilidades? O Estado? As Familías? Todos?<br />
<br />
Esta acusação é feita, contextualize-se, num país onde o salário médio ronda os 808 euros líquidos e há 550 mil trabalhadores que ganham o salário mínimo (dados de Junho divulgados pela SS); onde, em Agosto de 2010, a média das pensões pagas aos portugueses pela Segurança Social no primeiro semestre era de 397 euros e estava perto do limiar da pobreza estipulado em 354 euros.<br />
<br />
Ou seja, para que fique claro, apesar de em média (quando se fazem generalizações é a média que deve ser tida em conta na argumentação) os trabalhadores portugueses ganharem 808 euros e os reformados uns espantosos 397 euros que ficam 43 euros acima do limiar de pobreza, ambos são acusados de viverem acima das suas possibilidades...<br />
<br />
<b>Face a estes números, é de louvar que alguém consiga viver, quanto mais acima de quaisquer possibilidades...</b><br />
<br />
Poderá pensar-se: "pois, lamentavelmente ganham pouco mas as famílias endividaram-se sem saber viver com o que ganharam". Ou, usando a visão Jonet do Mundo, andaram a pedir emprestado para alimentar o luxuoso vício de comer bifes todos os dias...<br />
<br />
Um disparate de todo o tamanho e sem qualquer fundamento na realidade quando se fala de um modo genérico...<br />
<br />
Quando se diz haver taxas de endividamento das famílias de 129% face ao rendimento anual disponível é preciso saber aquilo que se está de facto a dizer e em que se traduz.<br />
<br />
Em primeiro lugar... ninguém está à espera de pagar num ano , nem pessoas, nem empresas, nem Estados, toda a dívida que contraem. E contraem dívida para melhorar as suas condições de vida (independentemente dos juízos de valor que cada um faça sobre o que é qualidade de vida para uns e para outros) e porque, e este é o ponto mais importante, têm expectativas de que a seu rendimento melhore ou na pior das hipóteses se mantenha (alguém acha ilegítimo ter esta perspectiva?), enquanto em simultâneo a inflação ajuda a que o valor da dívida diminua (600 euros de prestação da casa hoje, não têm o mesmo peso no orçamento familiar daqui a 10 anos).<br />
<br />
Face a um nível de endividamento de 129% é absurdo que se ache o mesmo preocupante e crime de lesa pátria. Estamos a falar de um valor de dívida que se paga com 15,5 meses de ordenado. Quinze ordenados e meio bastam, em média, para liquidar toda a dívida das famílias...<br />
<br />
Há casos de endividamento maior, é evidente que sim, <span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">200 mil famílias portuguesas enfrentam uma taxa crítica de esforço financeiro </span><span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"> (casos em que o peso dos encargos da dívida pesam mais de 40% do rendimento). Mas mais</span> de 60% da população em 2012 não tem quaisquer dívidas à banca e no universo de 38% de agregados que têm dívidas a taxa mediana de esforço é de 16%.<br />
<br />
Houve assim quem, de facto, vivesse acima das possibilidades , mas as famílias (no seu todo, tendo em conta os dados citados) não o fizeram, viveram com as possibilidades que lhes são dadas também pelo crédito, e, prova disso mesmo, a larguíssima maioria cumpre as obrigações que tem para com o Estado e com os credores, apesar dos juros escandalosos cobrados pela banca e da absurda carga fiscal.<br />
<br />
E, espanto, as famílias até poupam, precisamente porque não têm de pagar dívidas em apenas um ano. A poupança bruta das famílias em % rendimento disponível das famílias foi de 9,7 em 2011... Nada mal para famílias genericamente rotuladas de sobreendividadas.<br />
<br />
Ou seja, em cada ano, contas feitas aos encargos anuais e receitas anuais, as famílias têm superavit (mais que cumprem o Pacto de Estabilidade e Crescimento).<br />
<br />
Confundir a situação de endividamento das famílias com a do Estado (com uma <span style="background-color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">taxa de esforço financeiro este ano de 70,5%)</span>, e usar isso como chantagem emocional é absolutamente inaceitável.<br />
<br />
Com o Estado há de facto um sério problema, mas não deveria ser a dívida pública ir atingir os 111,6 % do PIB o motivo de alarme, pelas mesmas razões já notadas para as famílias. Só o é face à incapacidade de entre o deve e o haver, a cada ano, o Estado ter saldo positivo e, assim, baixar o peso relativo do esforço com a dívida. Ao contrário das Famílias, o Estado não consegue fazer o exercício conjunto de pagar dívidas, consumir (investimento na economia, oferta de serviços públicos e apoio social) e poupar. <br />
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Tomara mesmo que Portugal ainda tivesse capacidade de se endividar, porque aí não seria necessária qualquer troika de dinheiro por condições. Não tem, porque a máquina do Estado é incapaz de parar de gastar mais do que o que a receita que obtem e apenas isso deve merecer discussão. E este Governo só sabe aumentar artificialmente a sua "qualidade de vida", por transferência directa do rendimento das famílias. <br />
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Ao contrário das famílias, o Estado não sabe gerir os recursos anuais disponíveis nem a possibilidade que lhe é dada pelo crédito interno e externo de, pelo investimento desse crédito, viver, de um modo sustentável, cada dia acima das possibilidades que teria sem esse crédito. Era de esperar que esse crédito e o outro tipo de crédito dado pelos portugueses aos políticos em cada votação se traduzisse em investimento e na concretização na realidade das possibilidades artificiais que já estavam a ser dadas hoje. Pior, o Governo optou, ao invés de reduzir despesa e gerar condições para aumento de receita, por manter o estilo de vida à custa de uma descarada retirada de rendimento disponível de famílias e empresas, que só podem ser acusadas de ingenuidade face à capacidade dos políticos cumprirem as expectativas depositadas.<br />
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As famílias portuguesas fizeram um crédito habitação para terem, 30 anos antes de a poderem pagar na totalidade, a casa que esperavam poder vir a ter. E só por falta de senso se pode achar isto ilegítimo (as famílias apostaram num futuro melhor, acreditando na capacidade própria para o concretizarem e isto revela ambição e confiança). Do mesmo modo, pagaram licenciaturas e mestrados aos filhos, antecipando uma vida melhor para os seus que recompensasse o investimento feito.<br />
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E mesmo depois do estoirar da crise, as famílias continuaram a conseguir manter alguma dignidade de vida, ajustando o consumo, como se nota nas estatísticas, enquanto o Estado nada fez para conter gastos e aumentar receitas induzindo crescimento económico e confiança nas famílias e empresas. Muitos só não podem hoje não manter uma vida acima do que lhes seria possível sem crédito, porque o Estado, ao invés de resolver os problemas ineficiência da máquina, decidiu optar pela solução mais fácil de espremer mais os contribuintes, retirando às famílias, parte ou a totalidade da margem que tinham para viverem orgulhosamente com dívidas, pagá-las, consumirem e pouparem. Para com o conforto dado pelo crédito, viverem já hoje acima das possibilidades dadas por um Estado que revelou ao longo de décadas ausência de estratégia e incapacidade para gerir a "coisa pública" e que, face a essa incapacidade, se devia coibir de destruir, com políticas de austeridade pela austeridade, aquilo que ainda funciona no país: a capacidade das famílias gerirem o seu dinheiro. Familías a que o Estado nada tem a ensinar e com que tem ainda muito que aprender, sobretudo em honestidade.Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-5742334434684588222012-11-09T19:29:00.000+00:002012-11-09T19:29:00.607+00:00Dilbert - "The Competition"Porque vêm aí o fim de semana deixo este vídeo da popular série de animação Dilbert, sobre "The Competition"... Um vídeo com muito humor, mas de onde é possível tirar algumas conclusões sobre o que se deve e não deve fazer quando se trata de lidar com a concorrência e também uma mordaz forma de mostrar os limites da segurança dos segredos empresariais...<br />
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<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-9860510951649401082012-11-08T21:38:00.000+00:002012-11-08T21:38:27.469+00:00Intelligence no código genético<br />
<a href="http://offload.goarmy.com/careers-and-jobs/browse-career-and-job-categories/intelligence-and-combat-support/military-intelligence-officer/jcr:content/contentpar/header.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" id="il_fi" src="http://offload.goarmy.com/careers-and-jobs/browse-career-and-job-categories/intelligence-and-combat-support/military-intelligence-officer/jcr:content/contentpar/header.png" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="400" /></a><br />
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A influência da intelligence, enquanto princípio e modelo, no desenvolvimento de uma gestão estratégica das informações nas organizações é por demais evidente – em particular pela aplicação do “ciclo de intelligence” como metodologia e elemento central da primeira componente da Inteligência Competitiva (precisamente, a Intelligence) – e fundamental para que se possa entender o que é a Inteligência Competitiva.<br />
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Apesar de haver a recusa, por parte de alguns autores, de assumir uma relação da IC com as práticas militares de intelligence (muitas vez confundidas com o campo mais restrito da espionagem e das práticas ilegais de recolha de informação), a verdade é que quando se localizam as fontes em que esses autores se basearam para sustentar uma origem não militar da Inteligência Competitiva encontramos a contradição da sua abordagem.<br />
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<b>O conceito de intelligence</b><br />
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A palavra inteligência possui múltiplos significados. Tem origem no latim - intelligentia – e significa a faculdade que tem o espírito de pensar, conceber, compreender, o discernimento. É ainda sinónimo de juízo, raciocínio, mas também significa a capacidade de resolução de novos problemas e de adaptação a novas situações.<br />
<br />
Entre os restantes significados desta palavra encontramos ainda conluio ou entendimentos secretos, sem que, no entanto se recorra, por norma, em Portugal, à designação inteligência para referir essa relação secreta entre pessoas. A aplicação comum reduz-se à ideia de juízo, capacidade de raciocínio.<br />
<br />
Ora, nas significações várias atribuídas a esta palavra na língua portuguesa não encontramos aquela a que se referem a Central Intelligence Agency (CIA) norte-americana ou as forças militares quando falam de intelligence.<br />
<br />
De acordo com a Enciclopédia de Espionagem, Inteligência e Segurança: “Intelligence designa a informação relativa a uma entidade estrangeira, normalmente (embora nem sempre) um adversário, bem como as agências preocupadas com a recolha dessa informação. Está intimamente ligada ao Ciclo de Intelligence, um<br />
processo pelo qual a informação bruta é recolhida, convertida em intelligence e disseminada aos consumidores apropriados”.<br />
<br />
Nos serviços militares e das agências, o termo intelligence designa, portanto, um conhecimento obtido a partir de um conjunto de informações em estado bruto, cujo tratamento permite um grau de fiabilidade com o objectivo da sua utilização pelo comando.<br />
<br />
Esta designação refere-se a informação tratada, bem como à actividade e à função que consiste em organizar a recolha de informações e depois a proceder ao seu tratamento e difusão. Não existe, no entanto, qualquer distinção entre a origem aberta ou secreta da informação. A distinção que pode ser feita é entre os métodos e meios que são usados na captação dessa informação, com a recolha de informações secretas a estar destinada aos serviços especiais e a de informações abertas aos serviços de intelligence, a que, em Portugal, denominamos serviços de informações.<br />
<br />
Para evitar a confusão entre a acepção anglo-saxónica de intelligence e a, corrente em Portugal, que toma como entendimento do conceito de “inteligência” a capacidade de raciocínio; opto, quando falo das práticas militares ou da adopção da intelligence, como matriz metodológica e primeira função da Inteligência<br />
Competitiva, por usar a denominação inglesa.<br />
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Logicamente, uma significação não exclui a outra, mas se assim não o fizesse a frase com que termino este post perderia em clareza:<br />
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Não é possível produzir inteligência, a partir de informações brutas, sem inteligência, do mesmo modo que o exercício de inteligência não é mais que a execução mental de um processo de transformação de dados desagregados em inteligência, informação útil a cada decisão tomada e acção executada.<br />
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Traduzindo:<br />
<br />
Não é possível produzir intelligence, a partir de informações brutas, sem inteligência, do mesmo modo que o exercício de inteligência não é mais que a execução mental de um processo de transformação de dados desagregados em intelligence, informação útil a cada decisão tomada e acção executada.<br />
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Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-10071261141892408242012-11-05T19:22:00.003+00:002012-11-05T19:35:11.120+00:00O fim da ilusão<br />
<img height="178" id="il_fi" src="http://www.intelligences-croisees.com/wp-content/uploads/2011/04/delbecque-la-guerre-economique-610x273.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="400" /><br />
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O quadro de guerra económica é o cenário e também, em parte, a justificação para a necessidade das organizações adoptarem uma atitude pró-activa que lhes permita criar as condições favoráveis, ao invés de esperarem e adoptarem uma atitude meramente reactiva.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ecx.images-amazon.com/images/I/51P6TGC7PWL._SS500_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" id="prodImage" src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/51P6TGC7PWL._SS500_.jpg" width="200" /></a></div>
A evolução do contexto global, impulsionada pelas novas tecnologias de comunicação e informação, fez-se no sentido de uma “economização” – <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/quando-o-centro-de-gravidade-global-e.html" target="_blank">passámos de uma lógica geopolítica para uma lógica geoeconómica</a> – e a informação substitui hoje o capital e a energia como motor da nova economia. Estas duas condições, sustentadas numa globalização das trocas, contribuíram para um estado de <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/hipercompeticao-o-fim-da-vantagem.html" target="_blank">hipercompetitividade</a> onde todas as certezas são efémeras e onde <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/autonomia-informacional-fundamental.html" target="_blank">capacidade de adaptação constante às bruscas mudanças do contexto se tornou fundamental à sobrevivência</a>. Todo este conjunto de factores exige a adopção de uma <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/informacao-papel-central-exige-gestao.html" target="_blank">nova abordagem à gestão estratégica da informação</a>, capaz de conferir às organizações uma autonomia, para que possam produzir sentido a partir de uma realidade onde dados e informações dispersas são superabundantes e, assim, tomarem a melhor decisão, no momento certo.<br />
<br />
É necessário, já aqui o disse, adoptar <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/search?updated-max=2012-10-03T16:18:00Z&max-results=5&start=10&by-date=false" target="_blank">uma nova grelha de leitura</a> para que deixemos cair uma visão demasiado angelical e optimista do contexto e possamos observar – não é caso para que se diga “em todo o seu esplendor” – na sociedade da informação uma <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/sociedade-da-informacao-vs-sociedade-do.html" target="_blank">sociedade do segredo</a>. Pilar desta constatação, o <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/informacao-nao-e-factual-e-eventual.html" target="_blank">carácter eventual da informação</a>. A informação é manipulável e manipulada e é hoje usada como arma num contexto económico cada vez mais marcado pelo conflito, uma guerra económica.<br />
<br />
“As utopias originais, a euforia e idealismo de um paradigma das auto-estradas da informação caíram, foram consumidas com as bem sucedidas estratégias e dialécticas conflituais”, diz <a href="http://www.lesentretiens.org/Entretiens_Excellence/Lyon/Levenement/Intervenants/Intervenant_734-Didier_LUCAS/" target="_blank">Didier Lucas, director do Institut Choiseul</a>, no artigo “La prise de contrôle des marchés émergents, composants de la stratégie globale des Etats-Unis - Le cas de la Moldavie“.<br />
<a href="http://images.livres.im/covers/9782021022247.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" id="il_fi" src="http://images.livres.im/covers/9782021022247.png" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="131" /></a><br />
Os estados mais evoluídos criaram batalhas comerciais, culturais e sociais de uma amplitude inédita e “paradoxo das economias capitalistas e liberais, as empresas tornadas necessariamente multinacionais, beneficiam de medidas activas com vista à conquista de mercados e de directivas governamentais destinadas à promoção dos seus interesses comerciais”.<br />
<br />
A instauração, particularmente pelos Estados Unidos, na era Clinton, de doutrinas de segurança económica (no caso dos americanos pilar da política económica) “vieram selar o fim da ilusão”. Como diz o autor, o apoliticismo económico deixou de fazer sentido.<br />
<br />
A livre mão do mercado deixou de reinar, os estados viram, principalmente após o fim da Guerra-fria, na economia o campo geoestratégico por excelência, a principal fonte de poder, e esta circunstancia per si contribuiu significativamente para um endurecimento da concorrência.<br />
<br />
<a href="http://www.laprocure.com/cache/couvertures/9782021000320.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" id="il_fi" src="http://www.laprocure.com/cache/couvertures/9782021000320.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="125" /></a>Hoje, a concorrência económica afecta de um modo absolutamente central as esferas social, política e mesmo cultural.<br />
<br />
Ao contrário do que acontecia durante a Guerra-fria, torna-se mais claro que um aliado militar pode ser um inimigo no campo económico. O desaparecimento do inimigo único, o outro claramente identificado, levou ao ressurgimento, embora de um modo dissimulado, de um conflito global – agora na esfera económica.<br />
<br />
Neste novo tabuleiro, a informação fez-se arma e a sua condição imaterial veio facilitar de sobremaneira a escalada do conflito – é mais fácil e “humano” enviar um vírus informático e afectar milhões de computadores do que cometer um genocídio, é mais fácil destruir a reputação de uma pessoa ou de uma empresa através de rumores do que derrubar um regime pela força das armas.<br />
<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-26119230943408490772012-11-05T15:56:00.001+00:002012-11-05T15:56:19.021+00:00As cinco forças competitivas de Porter<b>Entrevista com Michael E. Porter, Professor da Universidade de Harvard. As cinco forças competitivas de Porter são a base de grande parte da estratégia de negócios moderna. Um interessante vídeo para compreender o modelo e saber como colocá-lo em prática.</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<iframe width="420" height="236" src="http://www.youtube.com/embed/mYF2_FBCvXw?list=PL597E4FE71EAB9049&hl=pt_BR" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-20830138604980322902012-10-30T20:58:00.001+00:002012-10-30T20:58:57.262+00:00Informação não é factual é eventual<br />
<i>A informação é o resultado de um processo inteligente de construção de uma representação factual (evento), onde a comunicação é capaz de esbater uma incerteza (elemento de conhecimento) ou resolver uma alternativa ambiental (ajuda à decisão)</i><br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://bulinge.univ-tln.fr/" target="_blank">Franck Bulinge</a></div>
<b><br /></b>
<b>A sociedade da informação, impulsionada e sustentada nas novas tecnologias de informação e comunicação, veio alterar consideravelmente o contexto ambiental das empresas e comporta riscos, constitui um desafio. Implica uma nova percepção das ameaças, sobretudo informacionais, e também uma evolução dos indivíduos, das organizações.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Na base fundamental desta constatação está o facto de a actual sociedade estar sustentada num pilar imaterial, a informação, que não pertence ao domínio do real observável, mas antes ao domínio do construído. Ou seja, a informação não é factual é eventual.</b><br />
<br />
Em termos de abordagem a esta problemática, é preciso em primeiro lugar entender que a informação não é a expressão de uma realidade e que, por isto mesmo, pode ser objecto de manipulações. Logo, não é compatível com adopção de um positivismo lógico onde apenas os critérios do real são observáveis.<br />
<br />
A informação resulta de um processo de construção, podendo ou não reportar uma realidade. Reporta antes um evento que pode ou não ser real e, no sentido matemático, introduz a noção de fenómeno probabilístico, susceptível de ser percepcionado e interpretado. Numa acepção sociológica, o evento pode resultar de representações sociais e crenças colectivas e, por isso, ser imaginário.<br />
<br />
É preciso notar que se o evento gera informação esta também tem a capacidade de gerar o evento. A acrescentar a isto, podemos entender um evento real como uma verdade susceptível de ser ocultada ou deformada e, por outro lado, o evento pode ter uma origem imaginária. O mito e o rumor podem suscitar eventos não reais.<br />
<br />
<a href="http://eng10213.files.wordpress.com/2012/01/attention_manipulation1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" id="il_fi" src="http://eng10213.files.wordpress.com/2012/01/attention_manipulation1.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="158" /></a><b>Assim, a informação é resultado de um processo de construção, logo é manipulável e manipulada, sem que necessariamente se tenha de interpretar esta manipulação como algo malicioso (ao contrário do que a imagem ao lado sugere).</b><br />
<br />
O emissor e receptor no processo informacional interagem com a informação, interpretam-na, dão-lhe sentido e alteram-na. O processo informacional não é, nem pode ser visto como, algo objectivo. É, pois, necessário analisar a questão da informação sem pôr de lado a dimensão humana.<br />
<br />
A este propósito, note-se que os especialistas de intelligence são formados segundo o princípio de que uma intelligence não procura mais do que um certo grau de exactidão na interpretação do real. A expressão “certa” é geralmente banida e substituída por termos como “possível, “provável”, “muito provável”.<br />
<br />
A intelligence visa reduzir a incerteza e não fazê-la desaparecer. Logo, a Inteligência Competitiva, através da vigilância da envolvente, da captação, tratamento e análise da informação externa, visa reduzir a incerteza na tomada de decisão.<br />
<br />
A informação, pelo simples facto de não ser uma expressão sistemática da verdade, comporta riscos (manipulação, desinformação). Deste facto, desde logo, resulta uma necessária atitude vigilante, integrando um componente de protecção face às ameaças e ainda a capacidade de agir sobre o meio para o tornar favorável.<br />
<br />
O estudo dos riscos informacionais permite aferir a necessidade, por parte das organizações, da aquisição de <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/autonomia-informacional-fundamental.html" target="_blank">autonomia informacional</a>. E a aplicação de instrumentos da intelligence no contexto económico, de<br />
um modo ético e legal, responde a esta necessidade.<br />
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-16638277170064193332012-10-29T20:47:00.002+00:002012-10-29T20:47:41.244+00:00Sociedade da informação vs. Sociedade do segredo<img src="http://annegilesclelland.typepad.com/.a/6a00e54f9234088833016302ed649f970d-300wi" style="-webkit-user-select: none;" /><br />
<br />
Por oposição à visão humanista, de entendimento global, partilha de valores, trocas
culturais enriquecedoras e de paz, alguns vêem a sociedade da informação como um
sistema gerador de exclusão, com base numa hipocrisia obtida pelo engano e
desinformação, que oculta, na verdade, uma guerra económica entre as nações.<br />
<br />
A informação, hoje superabundante, capaz de tudo esclarecer e de iluminar todas as
decisões, comporta, na realidade também segredos e
manipulações.<br />
<br />
Assim, face a esta sociedade da informação e do conhecimento impõe-se uma nova grelha
de leitura que a veja também como sociedade da desinformação e do desconhecido.<br />
<br />
<b>O segredo é a “alma do negócio”</b><br />
<br />
O segredo é também pilar fundamental de um contacto global entre povos e nações
e, como diz o ditado, é “a alma do negócio”.<br />
<br />
A um mundo ideal onde tudo se sabe
contrapõe-se uma realidade onde, não raras vezes, impera o não dito.<br />
<br />
A sociedade da informação pode ser entendida como uma realidade construída pelo
homem para reduzir as suas incertezas, mas é também geradora de dúvidas, de segredos,
logo de conflitos entre os que sabem, os que não sabem e os que querem saber.<br />
<br />
É, pois, fundamental o entendimento, por parte dos actores económicos, que a informação
comporta perigos, pelo que é necessário às organizações desenvolverem um sistema de
filtragem e análise da informação que informe e forme a acção. Por outro lado, a possível
utilização da informação como arma pelos outros torna também necessária uma mudança do
entendimento da componente protecção para que possam não só proteger a própria informação como para evitar cairem no engano de tomarem como válida a informação que outros fornecem.<br />
<br />
<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-39702369999513760732012-10-29T20:31:00.001+00:002012-10-29T20:31:26.224+00:00Ameaça da espionagem chinesa, o caso Huawei As empresas chinesas <a href="http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=14841">Huawei e ZTE representam uma ameaça à segurança</a> e à propriedade intelectual das empresas que utilizem a sua tecnologia. O alerta partiu do congresso norte-americano, após quase um ano de investigação, mas já tinha sido dado em França, onde Jean-Marie Bockel , num relatório de ciberdefesa, tinha pedido um bloqueio europeu à utilização de routers e outras tecnologias chinesas.<br />
<br />
Mike Rogers, o presidente do comité que analisou o tema, afirma ao programa televisivo 60 Minutos que se estivesse no lugar de uma empresa americana que se preocupasse com a propriedade intelectual, na altura de escolher o parceiro de telecomunicações optaria por outro vendedor...<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/zjio9M5349Y" width="420"></iframe>Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-83607338178968796872012-10-24T17:28:00.002+00:002012-10-24T17:33:00.244+00:00Autonomia Informacional, a sobrevivência dos mais aptos<br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
<i>Numa era dominada pela informação, feita principal matéria-prima da nova economia, às organizações torna-se imperativo libertarem-se da dependência informacional a que se submeteram e que as limita.</i></div>
<img height="300" id="il_fi" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL4OXQfGOc3ph_HM7MDB026uPetDIBweUTIeLwSz2QkhOlqj2TX5EkcfoSdXkrLH1cgEf9-S0YhLvy45ttuB4zG7sF1X-PY0aJg6NR5O4z8jc2B3a3S7_PGELEY_069Wym6XV130FV7WA/s400/evolution.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="400" /><br />
<br />
<b>Num contexto incerto e dinâmico, dominado pela informação, as organizações devem ter consciência da sua vulnerabilidade, no que se refere à dependência informacional, e isto apela a uma nova capacidade de adaptação ao meio para sobreviverem, seguindo o postulado de Darwin, para quem só os mais adaptados sobrevivem.</b><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.skepticblog.org/wp-content/uploads/The-Darwin-Economy-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="The Darwin Economy (book cover)" border="0" class="boxShadow" height="340" src="http://www.skepticblog.org/wp-content/uploads/The-Darwin-Economy-cover.jpg" width="225" /></a></div>
Para fazer face a esta evolução, com repercussões directas nas ferramentas de gestão, a Inteligência Competitiva permite dar um salto qualitativo, de um entendimento da Era da Informação para o domínio da Era da Intelligence.<br />
<br />
“A única certeza é a incerteza”, dizem Nonaka e Takeuchi. Por isso, face às flutuações da envolvente, as empresas devem ser capazes de gerir com avanço o meio e o risco económico e operacional a que estão sujeitas.<br />
<br />
Assim, torna-se indispensável à sobrevivência das organizações o desenvolvimento de um sistema próprio de produção de informação e também a adopção de uma atitude vigilante face ao ambiente competitivo, na sua essência informacional, para que obtenham aquilo a que Bulinge intitula “autonomia informacional”.<br />
<br />
“Face aos riscos da ignorância ou recusa, voluntárias ou não, do desenvolvimento da sociedade da informação, a Inteligência Económica surge como solução coerente das problemáticas informacionais ligadas à sociedade da informação”, diz-nos o autor.<br />
<br />
Hoje, o desafio que se coloca aos indivíduos, às organizações e aos países passa por serem capazes de adquirir uma autonomia face aos riscos de dependência gerada e promovida pela sociedade da informação.<br />
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A economia da informação, diz Petit, “toma como objecto central da economia todo o sistema que produz, difunde e interpreta as informações”, ou seja, a informação é um recurso “natural” ou produzido.<br />
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Nesta dinâmica de produção e aquisição de informação existe uma alternativa: depender daquilo a que Moshowitz denomina “merchandise informacional” ou produzir as próprias informações de modo a que os decisores possam adquirir uma autonomia na tomada de decisão.<br />
<br />
Ao invés de permanecerem nesta lógica de dependência, as organizações devem ser capazes de desenvolver a capacidade de recolha e tratamento da informação, de um modo sistemático, para minorarem os riscos da tomada de decisão e, assim, deterem uma vantagem competitiva sobre os seus competidores. Só, deste modo, serão capazes de sobreviver à crescente pressão informacional.<br />
<br />
Se entendemos a informação como pilar da sociedade e da economia, então o seu domínio passa a ser fundamental para a afirmação global de organizações e países. Alerto, no entanto, para a necessidade de se adoptar uma perspectiva menos angelical e perceber que o confronto pelo controlo da informação, para um controlo da economia, se joga à escala global por subentendidos, por desinformações e manipulações num quadro de guerra de informação que se inscreve num quadro mais geral de guerra económica onde à sociedade de informação se opõe (e muitas se impõe) a sociedade do segredo.<br />
<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-4031853206598016902012-10-18T19:16:00.004+00:002012-10-18T19:19:09.962+00:00Como as empresas usam a IC, entrevista a Leonard FuldLeonard Fuld, presidente da Fuld & Company, e uma das referências internacionais na IC, fala sobre inteligência competitiva e como as empresas a usam para eticamente recolher informações e criar sistemas de "early warning" para identificar ameaças e oportunidades no mercado.<br />
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Descreve ainda como a Fuld & Company usa jogos de guerra com os clientes para ajudá-los a antecipar movimentos dos concorrentes e se preparar para futuras decisões estratégicas.
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<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/QdOhjGnEOLw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-89978886866343662082012-10-18T18:13:00.001+00:002012-10-18T18:17:06.735+00:00Portugal não é "concorrente" do Paquistão <br />
<img src="http://api.ning.com/files/3q9LpP1vlJ1cFM2VVRhsa3XCfE-myffadA-VrHs88hSXfz0qAKJGRE042*DV4tqPECOsz159U*ZVLRgT41In93MiOyBALOiP/textil.pagina.jpg" style="-webkit-user-select: none;" /><br />
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<a href="http://tribune.com.pk/story/452013/eu-trade-preference-scheme-to-start-from-november/" target="_blank">Começa a 01 de Novembro</a> o levantamento temporário pela UE de taxas alfandegárias sobre certos produtos originários do Paquistão, por via do European Union Autonomous Trade Preference Scheme.
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<br />
Portugal, a par de Espanha e Grécia, foram os países que estiveram contra a decisão, face a receios de o comércio com o Paquistão "penalizar os países mais pobres, atingindo sobretudo a indústria têxtil portuguesa e podendo destruir postos de trabalho".<br />
<br />
Os <a href="http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=41624" target="_blank">eurodeputados portugueses chegaram mesmo a pedir</a> o impedimento da abertura do mercado da União Europeia aos têxteis do Paquistão, decidida pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em nome da protecção da "indústria têxtil e do vestuário de Portugal e da Europa das situações de dumping e de concorrência desleal que aquela abertura implicará".<br />
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Na base do pedido português esteve o facto de "as empresas portuguesas e europeias terão de concorrer com empresas paquistanesas que recorrem ao trabalho infantil, não suportam custos sociais, ambientais, utilizam matérias-primas proibidas na UE e subvertem as normais regras de mercado", uma observação muito válida, aliás a única, mas usada ao serviço de uma abordagem errada ao problema.<br />
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Se com esta conquista o Paquistão dá provas de Inteligência Competitiva já a reacção portuguesa - e falo apenas nesta porque é que me interessa - é reveladora da falta de IC que há no país e da falta que a mesma faz.<br />
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E quando ouvimos as autoridades paquistanesas afirmar que "foi um grande sucesso para o Paquistão ter esta oportunidade, apesar da oposição de Portugal, Grécia e Espanha, que não são apenas concorrentes do Paquistão na Europa, mas também membros da UE", a coisa ainda é mais clara.<br />
<br />
Enquanto Portugal se projectar na Europa e no Mundo como "concorrente do Paquistão" não terá sucesso, porque cria uma imagem que o impede.<br />
<br />
A argumentação portuguesa tinha que ter ficado apenas por: "as empresas paquistanesas que recorrem ao trabalho infantil, não suportam custos sociais, ambientais, utilizam matérias-primas proibidas na UE e subvertem as normais regras de mercado".<br />
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Que ninguém nos oiça: É um facto que (face à existência de um modelo industrial no país ainda muito de terceiro mundo) o Paquistão é actualmente concorrente de várias indústrias portuguesas.<br />
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Mas isto não pode ser afirmado à escala do País. E para defender essas empresas a defesa tinha de ser outra.<br />
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Portugal não é concorrente do Paquistão... ponto! Há empresas que até podem ser concorrentes de empresas paquistanesas... mas apenas isso e nem vale a pana o referir. O que não se pode é admitir que "a UE estabeleça comércio com países onde empresas recorrem ao trabalho infantil, não suportam custos sociais, ambientais, utilizam matérias-primas proibidas na UE e subvertem as normais regras de mercado".<br />
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Ao falar em questões de concorrência Portugal conseguiu apenas relativizar a questão, colocada no plano de: "estão se só a queixar, não por questões éticas, mas por questões económicas porque são concorrentes directos dos paquistaneses". E levou mesmo os Paquistaneses a poderem agora aproveitar isso... <br />
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Resultado: O Paquistão entra no mercado com imagem de marca de concorrente de Portugal que ganhou a primeira batalha da guerra económica entre dois competidores...
Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-5512641931164349062012-10-17T10:26:00.001+00:002012-10-17T10:28:18.666+00:00IC por Alain Julliet<b>Grande mestre da Inteligência Económica, ex-patrão dos serviços de informação franceses e ex-CEO de várias multinacionais, Alain Juillet em entrevista, já de 2008, mas sempre actual, ao France 24</b><br />
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<iframe frameborder="0" height="240" src="http://www.dailymotion.com/embed/video/x6xxao" width="320"></iframe><br />
<a href="http://www.dailymotion.com/video/x6xxao_a-juillet-on-competitive-intelligen_news" target="_blank">A. Juillet on Competitive Intelligence</a> <i>por <a href="http://www.dailymotion.com/france24" target="_blank">france24</a></i>Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-2115891251991319312012-10-16T21:41:00.000+00:002012-10-16T21:41:52.172+00:00Inteligência Competitiva explicada em 4 minutos<b>Uma boa introdução à Inteligência Competitiva:</b><br />
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<iframe width="400" height="225" src="http://www.youtube.com/embed/bj1q4zunuN0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-73488494612340456122012-10-16T21:34:00.002+00:002012-10-16T21:42:37.451+00:00Hipercompetição, o fim da vantagem competitiva durável de Porter<br />
<a href="http://i.ebayimg.com/t/NEW-Hypercompetition-DAveni-Richard-A-Gunther-Ro-/00/s/NTAwWDUwMA==/$(KGrHqF,!h0E-iyZBHUlBP6Zm)DRog~~60_35.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://i.ebayimg.com/t/NEW-Hypercompetition-DAveni-Richard-A-Gunther-Ro-/00/s/NTAwWDUwMA==/$(KGrHqF,!h0E-iyZBHUlBP6Zm)DRog~~60_35.JPG" style="-webkit-user-select: none;" width="200" /></a>A <a href="http://inteligencia-competitiva.blogspot.pt/2012/10/10-diferencas-entre-o-velha-e-nova.html" target="_blank">nova economia</a> é marcada por um novo quadro competitivo. Richard A. D’Aveni na obra "Hypercompetition”, publicada em 1994, defendia o facto de o ambiente onde as empresas concorrem se ter transformado num ambiente hipercompetitivo que ultrapassa todas as regras tradicionais da competição.<br />
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Segundo o autor, a Hipercompetição é uma situação concorrencial onde o factor competitivo fundamental reside na capacidade de constantemente desenvolver novos produtos, processos ou serviços que respondam às vontades dos clientes. Num tal ambiente, as empresas não podem contar com uma vantagem competitiva durável, tal como preconizava Michael Porter, vêem-se antes obrigadas a mudar de rumo, de<br />
um modo constante.<br />
<br />
Entre as características da Hipercompetição estão: a dificuldade, senão mesmo a impossibilidade, de gerar e manter vantagens concorrenciais duráveis; a existência de uma inovação rápida e perturbadora do mercado, com desvalorização acelerada dos conhecimentos adquiridos; a escalada concorrencial; o crescimento do poder dos clientes; a avaliação contínua do mercado pelos clientes; o fim do respeito pelo status quo, por parte de todos os actores; o fim da fidelidade dos clientes; e a ruptura de mercado tornada regra.<br />
<br />
Assim, a Hipercompetição configura um estado de competição intensa que pode tornar-se fatal a quem não dominar as regras do jogo.<br />
<br />
Passagem do poder de mercado para os clientes, declínio das barreiras à entrada; aceleração da mudança tecnológica; chegada de empresas com grandes recursos financeiros; desregulação dos mercados e globalização foram alguns dos factores que convergiram para a criação deste novo contexto hipercompetitivo, onde os decisores devem apoiar-se numa visão estratégica, por sua vez sustentada numa<br />
abordagem inteligente que lhes permita apreender o essencial.<br />
<br />
O lema que se impõe é “Mudar ou Morrer”, tal como dizia Jack Welsh, durante a sua presidência na gigante norte-americana General Electric. Neste novo ambiente hipercompetitivo, toda a vantagem é provisória, o que para organizações ágeis poderá configurar não uma ameaça, mas uma oportunidade.Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-90290976425657845132012-10-12T19:46:00.000+00:002012-10-12T19:47:39.350+00:0010 diferenças entre a velha e a nova economia<br />
<img height="290" src="http://giuntacartoons.files.wordpress.com/2009/08/old-econ-newecon5.jpg" style="-webkit-user-select: none;" width="400" /><br />
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<b>Porque nunca é demais lembrar, aqui estão os princípios em tempos enunciados pela publicação on-line da revista Business 2.0, para melhor se fazer a distinção entre a nova economia e a antiga, numa altura em que surgem fantasmas de velhos modelos económicos, que perderam o momento com o surgir de novas realidades. Estas exigem que cada estado entenda o papel que pode desempenhar, tal como já o entenderam há muito os EUA...</b><br />
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1. Matéria: Importa cada vez menos. O processamento de informação é drasticamente mais poderoso e menos custoso que a deslocação de bens materiais. Cada vez mais, o valor das empresas está nos bens intangíveis e não nos tangíveis;<br />
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2. Espaço: A distância desapareceu. O mundo é o nosso cliente e competidor;<br />
<br />
3. Tempo: Está a colapsar. A interactividade instantânea tornou-se crítica e origina uma mudança acelerada;<br />
<br />
4. Pessoas: São a jóia da coroa e sabem-no. Mais do que em qualquer momento da história, muito do valor resulta de ideias inteligentes e das tecnologias ganhadoras e modelos de negócio resultantes dessas ideias. A capacidade cerebral é o motor da nova economia;<br />
<br />
5. Crescimento: É acelerado pela rede. A Internet permite drasticamente acelerar a adopção de um produto ou serviço. Nunca como agora existiu uma tão grande vantagem para os primeiros a avançarem;<br />
<br />
6. Valor: Cresce exponencialmente com a quota de mercado. O efeito de rede leva a uma personalização das compras e das escolhas via plataformas especializadas;<br />
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7. Eficiência: A sobrevivência dos intermediários. Os “infomediários” substituem os intermediários. Os distribuidores e agentes tradicionais estão seriamente ameaçados por uma economia em rede onde compradores conseguem contactar directamente com os vendedores. No entanto, surge uma nova espécie de intermediário, necessário para tornar dados dispersos em informação utilizável. Oferecem serviços agregados ou uma assistência especializada a clientes ou, ainda, tecnologia poderosa para auxiliar nas compras;<br />
<br />
8. Mercados: Desapareceram as barreiras físicas. Os compradores estão a ganhar novos poderes e os vendedores novas oportunidades. A comparação de preços é feita a partir de casa, com, inclusive, programas de software a ajudarem a encontrar a melhor oferta;<br />
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9. Transacções: Jogam-se “um para um”. É mais fácil personalizar informação que bens materiais e a primeira começa a ganhar um peso cada vez mais relevante nos produtos hoje comercializados. A tecnologia permite, de um modo aparente, oferecer em linha um serviço personalizado;<br />
<br />
10. Impulso: todos os produtos estão disponíveis em todo o lado. Neste sentido, diminui a distância entre o desejo e a compra. Na Internet, as barreiras físicas e mentais que separavam tradicionalmente desejo e compra desaparecem e esbatem-se, basta um clique;Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4065700897124201897.post-58176543310332743842012-10-09T18:04:00.000+00:002012-10-09T18:05:16.109+00:00O sempre novo contexto<br />
Em 1994, num discurso do vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, a sociedade da informação surge, enquanto expressão de um ideal de país, de saber e de transparência, sustentada nas “auto-estradas da informação”. Um discurso anunciador de um mundo humanista fundado sobre Novas as Tecnologias de Informação e Comunicação, de um mundo ligado em rede, com a Internet a servir de suporte por excelência a esta nova forma de estar no mundo, que ultrapassa quase em pleno os constrangimentos de espaço e de tempo. Nas NTIC, o Homem encontrou as extensões que nos permitem estar em todo o lado, sem termos necessidade de sair das nossas casas.<br />
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Projectamo-nos hoje no mundo pelas tecnologias de informação e comunicação, somos no mundo através da linha do telefone, do ADSL, da banda larga, projectamo-nos na informação e pela informação, do mesmo modo que por esta nos apercebemos do mundo. Somos hoje bits, deslocamo-nos a velocidades de 100Mb/s. As nossas ideias são hoje transportadas em documentos, com as extensões doc ou pdf, anexados num qualquer e-mail que quase não respeita o tempo ou espaço que a geografia impõe. E nunca, como hoje, tivemos a capacidade de agir no quase imediato sobre um espaço global, o que confere aos indivíduos, às organizações e às sociedades oportunidades fantásticas, mas também ameaças crescentes.<br />
<br />
As profundas alterações económicas, tecnológicas e sociais vieram mudar as regras do jogo pelas quais as empresas se regiam ao conduzirem por estradas seguras, sempre mais contínuas que descontínuas, e onde o factor estabilidade e as certezas do caminho já percorrido permitiam aos decisores, com uma margem de erro reduzida, perspectivar a continuação de um percurso invariavelmente recto e de prosperidade económica, desde que, claro, o rumo fosse mantido e a posição da empresa na “estrada” acautelada.<br />
<br />
Hoje, como bem se vê pela actual crise, o percurso apresenta-se bem mais sinuoso, cheio de imprevisto, de intersecções e tem de necessariamente ser feito a um velocidade intensa. Disto resulta que quaisquer bloqueios ou curvas apertadas no rumo dos mercados, a par de todas as outras condicionantes da envolvente, têm de necessariamente ser antecipados, sob pena de a empresa correr o risco de sair fora da estrada.<br />
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<a href="http://i.ytimg.com/vi/vSCUvSCJdG0/0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://i.ytimg.com/vi/vSCUvSCJdG0/0.jpg" style="-webkit-user-select: none;" width="200" /></a>Nos ralis, tão ou mais importante que a capacidade ou afinação dos veículos ou mesmo a qualidade dos pilotos, é fundamental o papel do co-piloto, munido de todas as indicações sobre o caminho a percorrer. É o co-piloto que dá ao condutor a segurança de poder acelerar sem receios e anuncia de forma sistemática a intensidade da curva que se segue.<br />
<br />
Claro que a tripulação poderia sempre optar por conduzir moderadamente, sem ter qualquer indicação do percurso ou, num espírito mais radical, tentar adivinhar cada curva sempre com o pé no acelerador. Se a primeira hipótese consiste numa renúncia à competição, a segunda só pode levar, mais curva, menos curva – a não ser que o dom da adivinhação seja de facto muitíssimo grande – ao precipício.<br />
<br />
Por perceberem que os desafios do contexto competitivo de hoje obrigam a um melhor conhecimento possível dos competidores, de todas as condições envolventes que afectam o mercado e a posição das suas empresa, os decisores percebem, cada vez mais, a necessidade de obterem as informações que permitam, após a devida análise e tratamento, antecipar as mudanças, melhorar a competitividade das suas empresas e manter uma posição sustentável no mercado, incontornavelmente global.<br />
<br />Andre Gonçalves Nuneshttp://www.blogger.com/profile/06591689630126993412noreply@blogger.com0