No Brasil a Inteligência Competitiva é já levada muito a sério por vários actores políticos e económicos que vêm na IC uma ferramenta para alavancar a competitividade. Prova disso mesmo, uma noticia recente dá conta da criação num município Paulista de um núcleo de IC para apoiar a indústria do Couro e Calçado.
Para não ficarem descalços nestes atribulados tempos económico-financeiros, em Franca, um munícipio brasileiro no interior do estado de São Paulo, as autoridades estaduais decidiram criar o Núcleo de Inteligência Competitiva de Couro e Calçado (NICC), "uma iniciativa que irá beneficiar mais de 3,7 mil micro, pequenas, médias e grandes empresas instaladas nos cinco municípios que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL) da cadeia produtiva de calçados masculinos da região (Franca, Itirapuá, Patrocínio Paulista, Pedregulho e São João da Barra)".
Vão ser comprados computadores, servidores e softwares e será financiado o mapeamento da cadeia produtiva, que auxiliará depois à elaboração de um banco de dados sobre o sector.
O objectivo é disponibilizar informações estratégicas para aumentar a competitividade do APL e formar uma rede de cooperação entre as autoridades governamentais e a cadeia produtiva de calçados masculinos. O núcleo vai ainda funcionar como "observatório tecnológico e mercadológico do sector".
Apesar de ser uma iniciativa local - e nesta fase inicial aparentemente mais focada na implementação de uma estrutura de rede que possa vir a ser potenciada no futuro, com uma componente de vela tecnológica e de mercado, bem como de centralização da recolha e tratamento de informações estratégicas - é um bom exemplo de uma iniciativa de IC objectiva, com metas claramente definidas e pensada para apoiar e impulsionar um sector e melhorar a sua competitividade.
Um bom exemplo que não tem paralelo em Portugal, onde Estado e empresas continuam, de um modo geral, alheios à imperativa necessidade de "calçarem" a IC para poderem melhor competir.
Thursday, January 7, 2010
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