«Buraco» no fornecimento do petróleo nesta década
Nos próximos cinco anos há o risco da geração de um défice de 10 milhões de barris diários entre o consumo e a oferta do ouro negro, avisa especialista do Departamento de Energia americano.
Um técnico superior da Energy Information Administration (EIA) do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos alertou que poderá ocorrer entre 2011 e 2015 um problema grave na produção mundial do petróleo, segundo Matthieu Auzanneau, no seu blogue Oil Man, no Le Monde. “Há a probabilidade de haver um declínio [da produção], se o investimento não tiver sido feito”, disse a Auzanneau em entrevista Glen Sweetnam, director da divisão International, Economic and Greenhouse Gas da EIA, e responsável pela publicação anual do International Energy Outlook, um dos documentos de referência no sector. As declarações de Sweetnam estão a provocar uma onda de choque na imprensa especializada.
Glen não fala de um “pico do petróleo” mas de uma hipótese alternativa de “uma primeira fase” de um “planalto ondulante” a partir de 2011, altura em que o DoE americano prognostica uma quebra no total da oferta por parte de todas as fontes “identificadas” de combustíveis líquidos. A queda será de 2% ao ano, a partir de 87 milhões de barris por dia (mbd) em 2011, caindo para os 80 mbd em 2015. Entretanto, estima-se que a procura suba até aos 90 mbd no mesmo período.
A novidade é que o mesmo especialista, há dois anos atrás, previa que um tal cenário de “planalto ondulante” só aconteceria em 2030 e que duraria até 2090. No entanto, Glen, já há dois anos, deixava a hipótese de um cenário mais pessimista ainda na década que agora iniciámos. Diríamos que o cenário mais pessimista tomou, agora, de assalto a ribalta.
O que gerará um «buraco» de 10 mbd, que terão de ser fornecidos pelo que Glen chama de fontes “não identificadas” nos próximos cinco anos. O drama é que estes 10 mbd são quase o equivalente à produção diária da Arábia Saudita, o líder da OPEP. Ora, sete dos 15 maiores produtores de crude do mundo deverão sofrer reduções substanciais da sua oferta até 2015, como são o caso da Rússia, China, Irão, México, EAU, Venezuela e Noruega. A maior quebra será observada no México.
Dos 135 projectos novos de exploração de petróleo que deverão ser postos em operação nos próximos anos, 35 foram adiados pela OPEP para depois de 2013. Em média, cada projecto demora 7 anos até ficar operacional. A interrogação que fica: quais são as fontes “não identificadas” que irão tapar o défice?
Um técnico superior da Energy Information Administration (EIA) do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos alertou que poderá ocorrer entre 2011 e 2015 um problema grave na produção mundial do petróleo, segundo Matthieu Auzanneau, no seu blogue Oil Man, no Le Monde. “Há a probabilidade de haver um declínio [da produção], se o investimento não tiver sido feito”, disse a Auzanneau em entrevista Glen Sweetnam, director da divisão International, Economic and Greenhouse Gas da EIA, e responsável pela publicação anual do International Energy Outlook, um dos documentos de referência no sector. As declarações de Sweetnam estão a provocar uma onda de choque na imprensa especializada.
Glen não fala de um “pico do petróleo” mas de uma hipótese alternativa de “uma primeira fase” de um “planalto ondulante” a partir de 2011, altura em que o DoE americano prognostica uma quebra no total da oferta por parte de todas as fontes “identificadas” de combustíveis líquidos. A queda será de 2% ao ano, a partir de 87 milhões de barris por dia (mbd) em 2011, caindo para os 80 mbd em 2015. Entretanto, estima-se que a procura suba até aos 90 mbd no mesmo período.
A novidade é que o mesmo especialista, há dois anos atrás, previa que um tal cenário de “planalto ondulante” só aconteceria em 2030 e que duraria até 2090. No entanto, Glen, já há dois anos, deixava a hipótese de um cenário mais pessimista ainda na década que agora iniciámos. Diríamos que o cenário mais pessimista tomou, agora, de assalto a ribalta.
O que gerará um «buraco» de 10 mbd, que terão de ser fornecidos pelo que Glen chama de fontes “não identificadas” nos próximos cinco anos. O drama é que estes 10 mbd são quase o equivalente à produção diária da Arábia Saudita, o líder da OPEP. Ora, sete dos 15 maiores produtores de crude do mundo deverão sofrer reduções substanciais da sua oferta até 2015, como são o caso da Rússia, China, Irão, México, EAU, Venezuela e Noruega. A maior quebra será observada no México.
Dos 135 projectos novos de exploração de petróleo que deverão ser postos em operação nos próximos anos, 35 foram adiados pela OPEP para depois de 2013. Em média, cada projecto demora 7 anos até ficar operacional. A interrogação que fica: quais são as fontes “não identificadas” que irão tapar o défice?
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