Monday, March 25, 2013
A Intelligence ao serviço da Economia
“Os estaleiros de construção naval desenvolvem a caravela, enquanto cosmógrafos e pilotos lançam as bases da navegação astronómica. Ele (o Infante D. Henrique) conserva os estudos, os textos gregos e árabes, os testemunhos. Um arsenal, um observatório e uma escola cartográfica e náutica são criados. Os capitães devem depositar os seus jornais pessoais e os seus mapas no regresso das suas viagens e tomar as suas instruções antes de novas expedições. Portugal, pioneiro da exploração moderna conduz uma diligência de inteligência económica global construindo ao longo de todo o século XV, um império marítimo mercantil que se estende do oeste da África ao Oceano Índico”.
in Mathon et al, "RAPPORT DU G.D.S. N°1 Entreprises et intelligence économique : quelle place pour la puissance publique ?", 2003
A Inteligência Competitiva é geralmente considerada uma disciplina recente, no entanto, a História demonstra que a utilização dos princípios e instrumentos da intelligence ao serviço da economia é, na verdade, bastante antiga.
“A informação mercantil ou comercial constitui ao longo dos tempos um desafio estratégico as nações, com a recolha deste tipo de informação a confundir-se com a actividade diplomática”, dizem Harbulot e Baumard.
Ao reportarmos à História podemos compreender que a intelligence sempre esteve
intimamente associada às questões económicas. Como refere o Groupe de Diagnostic de Sécurité (GDS) Nº 1 do Institut des Hautes de la Sécurité Intérieure (IHESI) francês, “os adversários que nos enfrentavam nos campos de batalha eram já e em primeiro lugar adversários económicos que cobiçavam um território, bens agrícolas, industriais, populações a dominar, com o valor comercial das conquistas a ser considerado
antes da invasão ou do combate”.
Para o conjunto de prestigiados autores reunidos no GDS, “cada país, em função da sua história, do seu passado cultural, da sua religião, da sua situação geográfica, do seu modo de governo, conduziu uma diligência que pode-se qualificar de inteligência económica”.
É à luz desta ideia que farei ao longo dos próximos dias uma perspectiva histórica sobre a utilização da intelligence ao serviço da economia.
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