Saturday, February 27, 2010

Top 10 dos fornecedores de TI mais estratégicos

Do Brasil vem este interessante artigo com base no trabalho da norte-americana InformationWeek que falou na última década com vários Chief Information Officers para perceber quais os fornecedores de TI de que mais dependem e em quem mais confiam para suportar funções básicas do negócio e assim criar vantagem competitiva.

IT Web: 10 fornecedores de TI mais estratégicos

por [Rob Preston | InformationWeek EUA]


Eles integram negócios, comandam parte central da arquitetura de TI e os CIOs têm dificuldades em substituí-los

Em entrevistas com diversos CIOs na última década, os editores de InformationWeek EUA questionaram sobre os fornecedores de TI mais estratégicos - ou parceiros, na menção politicamente correta. O que fazem pela estratégia? Em primeiro lugar, esses relacionamentos se arrastam por muitos anos. Fornecedores estratégicos frequentemente comandam parte substancial do orçamento da TI e ocupam lugar central na arquitetura de tecnologia. Além disso são de difícil substituição para os CIOS. Algumas vezes, esses vendedores praticam função crítica ao suportar funções básicas do negócio e ao entregarem vantagem competitiva.

Diante desses critérios, a lista abaixo traz um ranking com os dez fornecedores mais estratégicos de TI.

Apesar do domínio em certos setores, todos os vendedores estão vulneráveis, alguns mais que outros.

1) IBM - Se antes o mainframe fazia da Big Blue a principal palavra em serviço e suporte para os clientes, hoje, a IBM continua tendo papel central com seus produtos e serviços - outsourcing, integração, consultoria, software, sistemas e segurança. A companhia ainda é palavra de ordem quando se pensa em provedor de tecnologia e não apenas para bancos, que é seu principal setor de domínio. Por meio de sua campanha Smarter Plante, a empresa com seus vasto expertise em software e sistemas está no centro de estratégia de saúde, energia, prevenção de crime, varejo, transporte, governo e muitos outros setores.

2) SAP - Cliente literalmente rodam finanças, manufatura, cadeia de suprimento e outras operações em aplicações SAP. Para a fabricante continuar estratégica, entretanto, ela deve passar a ver seus clientes dentro dos termos que eles precisam e não apenas sob a ótica do que eles possuem. Após grandes mudanças no controle da companhia, a promessa é de renovação com o compromisso de inovação tecnológica e redução dos processos burocráticos.

3) Microsoft - Para alguns, o terceiro lugar é pouco, outros acharão que é alto demais. Mas falar de alternativas ao Windows, Office, Exchange e Internet Explorer é frequentemente apenas discussão. Como diz minha colega Art Wittmann, quando a Microsoft faz algo certo, "ela revoluciona o negócio". Pense no SharePoint, no coração de muitas companhias que trabalham para incluir ferramentas de colaboração como Facebook em seus domínios, ou como a Microsoft executa rapidamente a sua estratégia de serviços "plus". O que faz da fabricante estratégica, e se não inovadora, é a resposta para a seguinte questão: o que seria se não houvesse Microsoft? "A paisagem da TI mudaria enormemente."

4) Oracle - A fornecedora dona de aquisições multibilionárias como PeopleSoft e Siebel recebe muita atenção, mas a Oracle continua estratégica como principal fornecedor de banco de dados. Mas com sua recente aquisição da Sun Microsystems, a Oracle se posiciona como vendedor de softwares integrados para rodar em seus hardwares.

5) Cisco - Nenhum vendedor de TI domina como a Cisco. Muitos de seus concorrentes em rede almejam apenas o segundo lugar. Mas porque a Cisco não está em segundo ou terceiro? Embora ela tenha promovido aquisições, ainda não há nada monumental que a torne uma alternativa a outros fornecedores. A hegemonia da Cisco impressiona. Além do domínio em roteadores e switchers, a fabricante tem investido em data center, onde servidores virtualizados, storage e redes são gerenciados e seguros em uma arquitetura Cisco. A empresa busca ainda uma relação mais próxima com CIOs por meio de ofertas colaborativas: telepresença, webconferência, comunicações unificadas, entre outros.

6) HP - Por que a maior fornecedora de TI está apenas em sexto? Apesar das últimas aquisições em softwares e serviços, a HP ainda é mais conhecida como fabricante de PCs e impressoras. Talvez a HP não tenha crédito o bastante para tudo o que produz. Ao lado da IBM, a HP é uma das únicas companhias que realmente produz hardware para corporações, tudo desde um data center até planejamento de recuperação de desastre e gerenciamento de infraestrutura. Como a reputação da HP começa a mudar e na medida em que a companhia conquistar grandes acordos, sua classificação no ranking tende a mudar.

7) Teradata - A menor companhia entre as listadas, com receita anual em trono de US$ 1,71 bilhão, esta ex-divisão da NCR é uma das mais estratégicas. Entre seus clientes estão Wal-Mart, Coca-Cola Enterprises, sBay e Overstock.com e com isso tem-se a noção mais exata do seu sucesso em inteligência competitiva por meio da qual ela conseguiu liderar em data warehouse e software de análises. O CEO da Overstock, Patrick Byrne, afirma que a solução da Teradata tem ajudado muito a companhia.

8) VMware - A EMC trata a líder de software de virtualização como uma companhia separada e é assim que este ranking a vê. A VMware comanda entre 75% e 80% do software empresarial, ainda que Microsoft, Citrix e Red Hat estejam bem em seus nichos. Especulou-se muito que a comoditização que a Microsoft tentou com o mercado de virtualização poderia fazer com a VMware o que a fabricante do Windows fez com Novell e Netscape. Mas, hoje, a VMware lidera esse segmento e seus clientes são leais.

9) EMC - Assim como a Cisco em rede, a ECM tornou-se sinônimo de storage e seu status de compradora não coloca clientes em outra direção. Anos atrás, a ECM iniciou suas aquisições na área de software (incluindo a VMware), quando o armazenamento poderia se converter em commodity. Mas o fato é que storage ainda paga a conta, respondendo por 76% dos US$ 14 bilhões de receita e pela saúde financeira da companhia.

10) Seu prestador de serviço - Muitas companhias, entre elas Accenture, CSC, Wipro e Infosys, são parceiras estratégicas, mas apenas quando o CIO faz do contrato uma relação construtiva.

Agora, alguns fornecedores que não entraram na lista:

Dell - Nenhum CIO ouvido mencionou a Dell como um dos seus fornecedores estratégicos. A Dell, assim como HP, sofre de complexos, mas claramente ela está mais ligada à commodity do hardware que a HP. Com suas aquisições em storage e serviços, a Dell tenta mudar o jogo, mas ainda não chegou lá.

Research In Motion (RIM) - O BlackBerry continua como líder de smartphones empresariais, principalmente pelas ferramentas de segurança e gerenciamento do BlackBerry Enterprise Server. Entretanto, o iPhone tem recebido muita atenção do setor corporativo e lidera os vendedores de aplicativos, incluindo SAP, Workday e IBM, que trabalham primeiramente em aplicações para iPhone pela simplicidade do kit de desenvolvimento.

No CLARO: A 'GUERRA DE INFORMAÇÃO' CHOCA COM PINTO MONTEIRO

Em Portugal parece estarmos a assistir a uma verdadeira "guerra da informação", José Mateus, no blog CLARO , pioneiro no tratamento da Competitive Intelligence & Perceptions Management em Portugal, dá hoje conta disso mesmo e diz que:

A 'GUERRA DE INFORMAÇÃO' CHOCA COM PINTO MONTEIRO

"Será que alguém está tão desesperado que inventa isto para ocultar outros inquéritos? Olhe, não sei..."


Esta declaração é do PGR Pinto Monteiro, frente às câmaras de televisão, no dia 26 de Fevereiro de 2010, em Lisboa.

Pinto Monteiro, personagem da magistratura tradicional e muito naif face à modernidade, parece que chocou com a "guerra de informação". Talvez não saiba o que isso é mas... ela caiu-lhe em cima!

Sugiro-lhe a leitura de uma conversa, que vou em breve publicar, com Alain Juillet, ex-aluno de Stanford, ex-CEO de várias grandes empresas, ex-patrão da 'secreta' francesa, ex-responsável da Inteligência Económica junto do Primeiro-Ministro francês, amigo intimo de vários presidentes da república e actual senior adviser de um maiores gabinetes de advogados, presente em todo o mundo. Há lá muito para descobrir, Alain Juillet explica aí tudo, em síntese, sobre a "guerra de informação".

Thursday, February 25, 2010

Geoestratégia: Europa de Leste vira-se para Washington


TENDÊNCIA

Europa de Leste vira-se para Washington

O novo pacto Berlim-Moscovo, com uma aparente convergência de interesses em diversos domínios, começa a gerar nos países da Europa de Leste um sentimento de cerco que os leva a virar-se para Washington e ver no escudo antimíssil a “tábua de salvação”.
Como bem assinalava, há dias, Miguel Monjardino, no Expresso, enquanto Berlim assume o comando político-financeiro, na União Europeia, sopram de Leste ventos de crescente influência (Kiev entrou novamente na órbita russa) e convergência com a Alemanha que deixa os ex-vassalos soviéticos sob cerco.

Moscovo, recorde-se, promulgou uma nova doutrina militar que considera o alargamento da NATO como a principal ameaça à segurança e contempla o uso de armas nucleares em situações específicas.

Na Casa Branca, parecem os países de Leste ter encontrado um refúgio seguro. Polónia, Roménia e Bulgária já se mostraram interessadas para acolher componentes do sistema antimíssil norte-americano.

Os EUA deverão instalar mísseis Patriot na Polónia, a partir de Abril; a Bulgária, apesar de ter anunciado formalmente que ainda não realizou qualquer negociação sobre o escudo antimíssil com os EUA, entra nas contas de Washington; e a Roménia já anunciou que vai receber “interceptores terrestres de mísseis balísticos e de médio alcance”, operacionais em 2015.

Os três países de Leste fizeram questão de dizer que o sistema americano não é contra a Rússia, após Moscovo se ter mostrado preocupado com a possibilidade de ter um escudo antimíssil dos EUA na antiga Cortina de Ferro.

Em resposta aos esforços americanos, também a Rússia instala o seu sistema antimíssil. A Transdnístria, região russófona separatista da Moldávia, está já pronta a albergar componentes russos se Moscovo o solicitar, para fazer face aos interceptores romenos.

Neste jogo antimíssil, a componente militar aparenta ser sobretudo um instrumento de influência geoestratégica e este carácter instrumental coloca em segundo plano as eventuais ameaças iraniana e sul-coreana, recorrentemente apresentadas como justificação para o escudo.

Também a Alemanha, ao leme da UE (relegando para segundo plano França e Reino Unido), joga a sua influência e a dos seus comandados (os países da União), como aliás tem sido notório no problema das finanças gregas, vistas como uma séria ameaça à Europa, ao Euro e às ambições internacionais da UE.

Christian Harbulot, director da École de Guerre Économique, na conferência de Inteligência Competitiva que fez no Taguspark, a 04 de Junho de 2009, alertava precisamente para o aparecimento de um novo pacto germano-russo. E Paris, como diria Granadeiro, sente-se "encornada"...


André Gonçalves Nunes

Artigo publicado na TDSNews nº28

Alain Juillet em Lisboa para Conferência


Alain Juillet
Alain Juillet, ex-alto responsável para a área da Inteligência Económica junto do primeiro-ministro francês, conselheiro para o Comércio Externo de França e director-geral de Segurança Externa do ministério da Defesa, esteve hoje em Lisboa, numa conferência promovida pela AICEP, no VIP Grand Lisboa Hotel.

“L'État, les Entreprises et l'Internationalisation” foi o tema da quarta conferência (a primeira de 2010) do ciclo “Diálogos da Internacionalização AICEP”, uma iniciativa no âmbito da criação do consórcio Business Intelligence Unit (BIU) – Rede de Inteligência Competitiva de Apoio ao Negócio Internacional.

O evento procurou analisar e discutir “o quadro cada vez mais complexo da competição internacional, a exploração de caminhos para a cooperação entre os diversos agentes económicos implicados no processo de internacionalização da economia nacional emerge como um imperativo. É, assim, necessário criar condições para a dinamização de uma atitude de inteligência competitiva entre as empresas, o Estado e as universidades, como forma de identificar concorrentes, sistemas ou tecnologias, que sirvam de suporte às decisões estratégicas e à melhoria do processo de internacionalização das empresas”.

Tuesday, February 23, 2010

Secreta holandesa sensibiliza decisores para perigos de espionagem nas redes sociais

Os serviços secretos holandeses estão a alertar pessoas com cargos sensíveis e acesso a informações confidenciais em grandes empresas internacionais, instituições de investigação científica e entidades públicas, que viajam regularmente para o estrangeiro, para os perigos espionagem electrónica associados, entre outras práticas, ao uso de redes sociais.

A maior parte das pessoas usa sites sociais como o Facebook e Twitter para conhecer outras pessoas a manter um contacto permanete com amigos, mas há quem aceda a esses sites com propósitos menos claros.

A secreta holandesas pede por isso que as pessoas tenham cuidado com a informação que partilham online e alerta para o facto de serviços secretos estrangeiros usarem as redes sociais para recolher informações.

As brochuras publicadas descrevem o perigo de e-mails ou de visitas a sites infectados e também o modo como são por vezes entregues pens usb infectadas em ofertas ou conferências.

A informação foi publicada pela AIVD (Serviço Geral de Intelligence e Segurança) e pelo MIVD (Serviço Militar de Intelligence e Segurança).


Fonte: Social networking sites used by foreign intelligence services

Thursday, February 4, 2010

Quando uma PME desafia o gigante espacial

Foram já concluídos os primeiros três concursos para a instalação da capacidade operacional da constelação de 30 satélites Galileu, e a grande  surpresa foi a vitória de uma empresa familiar do norte da Alemanha sobre a gigante EADS Astrium (dez vezes maior em termos de efectivos). Será a OHB (em conjunto com a britânica Surrey Satellite Technology) a assinar com a ESA o contrato para o fabrico dos primeiros 14 satélites Galileo, orçado em 566 milhões de euros. 

O site LesEchos.fr fala deste incrível desafio lançado pelo "David" OHB ao "Golias" EADS.

Espace : l'incroyable défi lancé par le petit OHB au géant EADS

 
Il y a moins de trente ans, ce n’était qu’une petite entreprise familiale du nord de l’Allemagne. Désormais, OHB est un acteur qui compte dans l’aérospatiale. Au grand dam d’EADS et de sa filiale Astrium, c’est lui qui fabriquera les premiers satellites du projet Galileo. Un contrat de 566 millions d’euros. Et l’histoire ne fait sans doute que commencer...

En bons Allemands du Nord, nous attendrons que l’encre du contrat soit sèche avant de faire la fête. » Berry Smutny, arrivé l’été dernier chez OHB, à Brême, pour y piloter l’activité dédiée aux satellites, savoure cette journée par avance. La direction du groupe allemand, au grand complet, sera aujourd’hui à Noordwijk, dans les environs d’Amsterdam, pour y signer le contrat passé avec l’Agence spatiale européenne (ESA), pour le compte de la Commission européenne, et portant sur la livraison de 14 satellites du projet de système de navigation européen Galileo. Qui l’eût cru ? Début janvier, c’est bien à cette PME allemande que Bruxelles a choisi de confier cette commande. Une sacrée claque pour le géant Astrium, filiale d’EADS, donné largement favori. A Brême, lorsque les verres auront fini de tinter, « nous nous mettons aussitôt au travail avec l’ESA », promet Berry Smutny. Le calendrier, il est vrai, est serré. Dès 2012, deux premiers satellites devront avoir été livrés, et le reste devra l’être en 2014. A lui seul, ce contrat de 566 millions d’euros - le plus gros de son histoire -représente près de deux fois le chiffre d’affaires d’OHB. Souvent décrit comme le Petit Poucet de l’industrie aérospatiale, l’entreprise brêmoise est devenue un acteur incontournable dans le développement et l’assemblage de petits satellites commerciaux ou scientifiques.

L’ESA elle-même a tenu, dans l’ultime phase de négociation du projet Galileo, à traiter sur un pied d’égalité les deux candidats, même s’ils ne boxaient pas dans la même catégorie. « Nous sommes sur un produit de haute couture. La taille de l’entreprise candidate importe peu », explique-t-on à l’agence. La différence, OHB, dix fois moins grand qu’Astrium en termes d’effectifs, l’a faite sur le contenu de sa proposition, tout en privilégiant le « low-cost », avec un prix inférieur de 100 millions d’euros à celui de son concurrent, dit-on.


Ler o resto aqui
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...