Bruxelas elogia Portugal
Ajustamento orçamental é "notável"
e meta do défice mantém-se
O ajustamento orçamental realizado por
Portugal em 2011 e 2012 “é notável”, considera a Comissão Europeia num
relatório sobre a 3.ª avaliação da 'troika' ao programa de ajustamento
nacional, citado pela agência Bloomberg.
Imagem: AFP; GIUSEPPE CACACE
No relatório, a que a Bloomberg teve acesso, lê-se que a missão da 'troika' não encontrou sinais de “fadiga das reformas” em Portugal e antecipa-se um recuo de 3,25 por cento no produto interno bruto (PIB) este ano, contra os três por cento anteriormente previstos.
Para Bruxelas, onde não encontram sinais da "fadiga das reformas", ficam estes dados, que revelam os efeitos das reformas quer nas receitas, quer nas despesas:
- O défice do Estado ascendeu, em Fevereiro de 2012, a 799 milhões de euros, quase o triplo do verificado no mesmo período do ano anterior. Aumento da despesa em 241 milhões de euros, e uma receita efetiva perdida de 312 milhões.
-Só em temos de impostos, a receita desceu 5,3%, para 5,63 mil milhões de euros, ou seja, o Estado deixou de arrecadar 315,3 milhões.
- O IVA, a principal fonte de receita do Estado, começou a cair em fevereiro. De acordo com a Direção-Geral do Orçamento (DGO), o Fisco arrecadou 2.861,8 milhões de euros nos dois primeiros meses deste ano, menos 1,1% do que no mesmo período do ano passado.
A cobrança de IVA não caía desde o final de 2009.
- O IRC, imposto sobre o rendimento colectivo, acusou um decréscimo de 46%.
- Quebra no ISV (Impostos Sobre Veículos) de 61 milhões (menos 44,6%).
- Receita com o ISP (impostos sobre produtos petrolíferos) caiu: menos 26 milhões, ou seja um corte de 6,7%, para um total de 363 milhões de euros.
- A despesa com subsídio de desemprego cresceu 18%, o que demonstra um aumento de 62,5 milhões de euros do que em igual período de 2011.
Fontes:
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